quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

EU CONTINUO ACREDITANDO NA IGREJA!


Há pouco fiquei sabendo a história de um líder evangélico que afirmou ter vergonha da igreja e de que evita contar para as pessoas do seu convivio que é pastor.

Pois é, ao contrário deste irmão eu ainda continuo acreditando na igreja. Sim! Tenho uma imensa alegria em dizer que amo a igreja do meu Senhor.

Apesar das indiossincracias e incongruências da Igreja eu ainda creio nela. Apesar dos pilantras deste tempo que comercializam a olhos vistos a fé, sinto-me honrado de ter sido vocacionado por Deus para o ministério pastoral. Apesar dos falsos apóstolos que comercializam a fé evangélica, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos adeptos da teologia da prosperidade possuirem um número incontável de simpatizantes, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos vendilhões do templo que vendem sementes e unções escalafobéticas, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos lobos travestidos de ovelhas que enganam multidões em nome de Cristo, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem abandonado as Escrituras trocando-as pela psicologia e psicanálise, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem abandonado as doutrinas da graça em detrimento ao evangelho da barganha e da troca, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem judaizado o evangelho, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem "hierarquizado" o reino, criando oficios patriarcais eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores valorizarem muito mais os seus transloucados atos proféticos em detrimento a Palavra de Deus, Eu continuo acreditando na igreja.

Prezado amigo, a Igreja foi criada por Cristo. Ela é composta de gente falha, pecadora e cheia de limitações, todavia, continua sendo de Cristo.

Diante do exposto, afirmo sem titubeios que continuo crendo na Igreja do Deus vivo como a única coluna e baluarte da verdade.

Faço minhas as palavras do Credo Apostólico: “Eu creio na igreja, pura, santa e verdadeira”.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


A ORAÇÃO

TEXTO BÁSICO – FILIPENSES 4:6
“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.”

TEXTOS PARALELOS
Atos 4:23-31; Mateus 6:9-13; Mateus 26:36-46; Romanos 8:26-28; Lucas 18:9-14; Daniel 6; Mateus 7:7-11.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Como filho de Deus, você precisa conversar com seu Pai Celestial. Mesmo sentindo que não sabe falar com Ele, ou, não sentindo vontade de falar com Ele, ORE! Ele terá prazer em ouvir e responder. O Espírito Santo lhe ajudará a orar como convém (Rm 8:26).
- Ore sozinho, diretamente ao Pai. Faça seu culto pessoal diário (Mateus 6:6).
- Ore na Igreja e nas reuniões, com os irmãos (Mateus 18:20; Marcos 11:17).
- Ore em todo tempo, no trabalho, andando, viajando, etc. (1 Tessalonicenses 5:17).

ALGUNS EMPECILHOS À ORAÇÃO
1 – Egoísmo – pedir por vaidade (Mateus 20:21-22; Tiago 4:3).
2 – Pecado – escondido e agasalhado no coração (Isaías 59:1,2).
3 – Discórdia – falta de perdão (Mateus 5:23,24; 6:12-15).
4 – Incredulidade – falta de fé. Se não cremos, por que orar? (Tiago 1:6,7).

ALGUNS INGREDIENTES IMPORTANTES À ORAÇÃO
O mais comum é enchermos nossas orações de pedidos. Mas vejamos outros assuntos importantes para conversarmos como Pai.
1 – Confissão dos pecados – não vamos tentar esconder nada de Deus, pois Ele tudo vê. Peça perdão e diga para Ele se fracassou, e onde precisa ser ajudado, diante das tentações (Jó 34:21; Eclesiastes 11:9).
2 – Adoração – exaltação à grandeza de Deus. É quando dizemos para Deus que nós O amamos pelo que Ele é, e não simplesmente pelo que Ele faz (Isaías 6:3).
3 – Louvor – ação de graças. Este sim, é o reconhecimento por Suas obras, na natureza e em nossas vidas, etc. Devemos louvá-Lo até pelas dores, pedras e espinhos do caminho, pois eles têm um bom propósito na vida do cristão, que é a purificação de nossas vidas e fortalecimento de nossa fé (1 Tessalonicenses 5:18).
4 – Intercessão – orar por si mesmo, por sua família, pela Igreja, por sua cidade, pelo Brasil, etc. (1 Timóteo 2:1; Tiago 5:16).
5 – Pedidos pessoais – todos nós carecemos constantemente da ajuda de nosso Deus, por isso a Bíblia nos admoesta a estarmos sempre na presença do Senhor (Mateus 7:7; 1 Pedro 5:5).
6 – IMPORTANTE: orar somente EM NOME DE JESUS – não existe nenhum outro mediador entre o homem e Deus, senão Jesus Cristo. E para pedirmos em nome de Jesus não precisamos de nenhum outro “acessor” ou “secretários” no Céu. Não existe isso na Bíblia, ela nos manda só clamarmos EM NOME DE JESUS (João 14:14; 16:24; Hebreus 10:19;22).
Sendo sincero e humilde, isso é o mais importante. A Bíblia fala de pessoas que oraram em pé, de joelhos, deitados, etc. Cremos que quando nos ajoelhamos, sentimos o quão pequenos somos e a grandeza de nosso Deus, e isso pode nos trazer grande prazer espiritual. No entanto não podemos dizer que Deus só ouvirá a oração se for feita de joelhos, não se trata de uma regra imposta por Deus, mas algo que fazemos espontaneamente. Não adianta dobrar os joelhos se o coração não estiver prostrado diante do Senhor. Cremos que cada situação requererá de nós a posição correta, por exemplo, se estiver na igreja ou em uma reunião de oração é melhor ficar de pé do que sentado, em sinal de reverência. No seu culto doméstico, na intimidade com a família já é diferente, não haveria problema em orar assentado, de pé ou de joelhos. Muitas pessoas sentem vergonha de ajoelhar-se perante Deus na frente das outras pessoas. Em um culto público, por exemplo, temos o costume de nos colocarmos de pé ao orar. Como já foi dito, Deus olhará para o nosso coração, mas se você sentir vontade de ajoelhar-se perante Deus, esqueça-se de quem está te olhando e ajoelhe-se, é o seu culto, o seu louvor pessoal a Deus. Mas faça-o com humildade e jamais para parecer aos outros que você é espiritual, ajoelhar-se é atitude de um humilde súdito diante do Rei da Glória, mas a humildade também é demonstrada quando oramos de pé, por exemplo. A humildade é uma atitude de vida.

NATURALIDADE E MERAS REPETIÇÕES
Já pensou se uma criança crescesse apenas falando uma frase decorada para seu pai: “Papai, me dá mamadeira”, e toda hora que conversasse com o pai só falasse isso? Seria horrível (Mateus 6:7).
Ore com naturalidade. Orar é conversar com Deus. Use suas próprias palavras.
Cada um tem a sua própria maneira de se expressar. Não procure imitar a outros e nem fique repetindo palavras vazias ou decoradas.
A oração conhecida como do “Pai Nosso”, que Jesus ensinou a seus discípulos, é um bom modelo. Porém, a sua repetição sem reflexão, nenhum benefício traz à vida humana.

ORE ENTREGANDO TUDO
Já entregou suas ansiedades, seus problemas, suas dúvidas, com fé, diante de Deus? Deixe o assunto com Ele (Mt 6:10). Creia sempre que a vontade de Deus será melhor para você (Mt 7:9-11; Rm 8:28).

ORAÇÃO E JEJUM
Algumas vezes fará bem orar em jejum (Marcos 9:29), isto é, abster-se de alimento por um período de tempo. Na Bíblia, vários textos apresentam esta prática, algumas vezes com pequena duração. Inicialmente é aconselhável que seja por breve tempo, e que seja sempre acompanhada pela oração e leitura da Bíblia.

CONCLUSÃO
Os pensamentos abaixo são fortes desafios para a nossa vida de oração:
“Ninguém ora certo vivendo errado”;
“Muita oração, muito poder. Pouca oração, pouco poder. Nenhuma oração, nenhum poder”;
“O diabo pode rir de nossos projetos e zombar de nossos esforços, mas treme quando oramos”.

SANDICES QUADRANGULARES

Igreja do Evangelho Quadrangular na Apostasia!

sábado, 4 de dezembro de 2010

QUARTETO


Ao Maravilhoso
No Ide De Deus
Ele Virá
Engrandecei
Jesus é O Melhor
Eu Vim Adorar
Pense Num Deus
Só Tu és Santo
Teu Altar
Vivo A Vida Assim
Vida A Dois

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sábado, 6 de novembro de 2010

PARA QUE SERVE O HORIZONTE???


Certa vez alguém chegou no céu e pediu pra falar com Deus porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na Criação que não tinha nenhum sentido... Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na criação. - "Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... Mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada". - Disse aquela pessoa para Deus. - "E que coisa é essa que não serve para nada?" - Perguntou Deus. - "É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos. Se caminho quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim... Isso não faz sentido! O horizonte não serve pra nada". Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse: -" Mas é justamente pra isso que serve o horizonte... " Para fazê-lo caminhar "!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010




PASTOR ABIMAEL E MISS. ELENA NO CONGRESSO DA CIBESC



O DESÂNIMO


Existe uma lenda, de que há muitos anos atrás, o diabo decidiu fazer um leilão. Ele colocou muitos objetos à venda, como: a inveja; o ódio; a avareza; a sensualidade; o egoísmo das quais estes foram vendidos a altíssimos preços. Por esses objetos, houve uma enorme procura por parte de seus compradores. Porém, houve ali naquele leilão um objeto que não recebeu nenhum lance, tinha o formato de uma cunha, seu nome era desânimo.

A lenda continua afirmando que, sendo incapaz de vendê-lo, Satanás, desde então, o tem utilizado com muita eficiência. E seu alvo principal, desde então tem sido os cristãos. Ele tem introduzido essa terrível cunha na vida de muitos escolhidos do Senhor, com muito sucesso.

O desânimo é uma terrível arma de Satanás, para inibir os planos, as metas, os objetivos dos escolhidos de Deus. Quantas pessoas desistiram de realizar seus sonhos por que um dia seu inimigo introduziu essa cunha em seu coração? Esse mal se tornou uma imensa barreira na vida de muitas pessoas. E se você está enfrentando essa situação deprimente, então, veja o que a palavra do Senhor lhe diz:

"Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR". Salmo 27.14

"Não tenha medo, você, que é muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte! " Daniel 10.19

"Seja forte e corajoso". Deuteronômio 31.23

Abraços,

Em Cristo,
Somente nele.

Eleições 2010 - Pr. Euder Faber - 2° turno

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


"Como superar desafios"

"E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança." Mc. 4:39

Jesus pediu aos seus discípulos para atravessarem o Mar da Galiléia. Tomaram o barco e empreenderam a viagem. Porém, no meio do caminho uma tempestade muito forte atingiu os navegantes. Jesus dormia no barco. Quando os discípulos já estavam desesperados pediram socorro a Jesus e Ele acalmou o mar e o vento.

Há três lições nesse episódio de como superarmos os desafios da vida. Primeiramente, não devemos estranhar os ventos e os mares. É normal que em nossas vidas passemos por desafios, por dificuldades. Deus permite isso para que reconheçamos que dependemos inteiramente dEle. No meios das dificuldades, quando enfrentamos perigos, podemos ouvir a voz de Deus para ter uma nova direção.

Em segundo lugar, não confiemos nas nossas habilidades humanas. Os discípulos eram experientes no mar, mas sua capacidade não lhes deu solução para a situação que passavam. Há tempestades que são provocadas pelo inimigo para nos afundar, porque ele não quer o nosso sucesso. Mas venceremos porque Jesus está conosco em nosso barco.

Finalmente, não devemos dar ouvidos aos nossos sentimentos, que são enganosos. Os sentimos dos discípulos eram de derrota e de morte. Se ouvirmos os nossos sentimentos abandonamos os desafios e nos acovardamos diante da sua magnitude. Ouçamos a voz da fé. Não estamos sozinhos; Jesus está em nosso barco.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010


Tudo O Que Temos, De Quem É?

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas"
(Mateus 6:33).

Houve um momento dramático, na história do mundo, quando o
General Pershing colocou o Exército Americano sob as ordens
do General Foch, que acabava de ter sido nomeado Chefe das
Forças Aliadas no campo. Uma frase que ele articulou naquele
tempo, embora não muito citada, é muito significativa:
"Infantaria, artilharia, aviação ... todas as coisas que
temos são suas. Disponham delas como desejarem".

Deus deseja ouvir de Seu povo uma consagração semelhante.
Ele tem sido tudo para nós -- nosso Senhor, nosso Salvador,
nosso Mestre, nosso Amigo verdadeiro, nosso Companheiro em
todas as jornadas, um tesouro que nos faz ricos e felizes.

E o que temos sido para Ele? O que temos lhe oferecido?
Alguma vez já dissemos que tudo que temos Lhe pertence? Já
lhe entregamos todos os nossos bens para que Ele use
conforme a Sua vontade?

É muito comum chegarmos diante do Senhor pedindo: "Senhor,
dá-me isso; Senhor, dá-me aquilo; Senhor, quero ser rico;
Senhor, quero prosperidade em abundância; Senhor..." Sempre
estamos querendo mais e nunca estamos satisfeitos com coisa
alguma.

Mas, não é esse o ensino de Jesus. O nosso desejo, mais e
mais, deve ser buscar a Sua presença e fazer a Sua vontade.
Tudo o mais é acrescentado conforme os planos divinos. Nem
tudo que pedimos nos torna felizes, mas, tudo o que Ele nos
dá nos enche o coração de regozijo e satisfação.

Entreguemos ao Senhor tudo o que temos, para que Ele
administre. Coloquemos à Sua disposição, especialmente, o
nosso coração. Dessa forma, viveremos de maneira abundante e
alcançaremos todas as vitórias almejadas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


" BALANÇO ESPIRITUAL"


"Procura apresentar-te a Deus aprovado" (2 Timóteo 2:15).

"Nós devíamos fazer um balanço de nossas vidas todas as
noites: Que fraquezas eu dominei hoje? Que sentimentos de
ira repeli? Que tentações resisti? Que virtudes adquiri?"
(Marcus Annaeus Seneca)

Como tem sido a nossa vida diante de Deus? Temos
demonstrado, em nossas atitudes, que houve uma verdadeira
transformação desde que Cristo entrou em nossos corações?
Temos abandonado os desejos carnais e aplicado os ensinos do
Senhor na edificação de uma vida espiritual que glorifica o
nome de Jesus?

Quando deixamos a velha natureza mundana e começamos a
desfrutar as delícias de um novo viver, agora dirigido por
Deus, enfrentamos grandes provações. Às vezes nos sentimos
fracos na fé e precisamos lutar muito para repelir a força
que nos puxa de volta para o mundo que com regozijo
abandonamos.

Às vezes as tentações parecem nos subjugar e temos de buscar
forças para nos manter firmes no caminho de nosso Salvador.
Sabemos que a nossa luta não é fácil, mas, sabemos também
que podemos contar com a ajuda dAquele que perdoou os nossos
pecados, que nos trouxe da escuridão para a luz, da morte
espiritual para a vida abundante e eterna.

Somos muito felizes e abençoados por poder estar agora na
presença do Senhor. Ele nos fortalece e nos ajuda a dominar
o ódio e o egoísmo, o orgulho e a arrogância, as fraquezas
da carne e a insegurança. Nele resistimos as tentações e
somos mais que vencedores em toda e qualquer situação.

Quando Cristo é nosso Senhor e Mestre, aprendemos a amar ao
próximo, a colocá-lo em primeiro lugar, a espalhar, no
mundo, Sua luz e Seu perfume.

No seu balanço diário, o que tem prevalecido: defeitos ou
virtudes?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


A Bênção De Saber Esperar

"Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão
com asas como águias; correrão, e não se cansarão;
caminharão, e não se fatigarão"
(Isaías 40:31).

Uma mãe estava preparando panquecas para seus filhos:
Carlos, de 5 anos e Raul, de 4 anos. Os meninos começaram a
discutir sobre quem receberia a primeira panqueca. Sua mãe
viu a oportunidade para uma lição moral. "Se Jesus estivesse
sentado aqui, ele diria: Deixe meu irmão ter a primeira
panqueca. Eu posso esperar". Carlos voltou-se para seu irmão
mais novo e disse: "Raul, você é Jesus!"

Parece que a nossa historieta é coisa de crianças, mas,
muitas vezes, isso acontece também conosco, adultos,
cristãos. Queremos ter sempre a primazia, o primeiro lugar,
a preferência em tudo. Isso acontece em nossa casa, em nosso
trabalho, em nossa igreja. Não sabemos esperar e achamos que
todas as coisas giram ao nosso redor, como se mais nada
importasse, como se ninguém mais merecesse ou tivesse o
direito de receber aquilo que julgamos ser só nosso.

Queremos ser distinguidos em tudo e não nos conformamos
quando alguém ocupa o nosso lugar. E, às vezes, mesmo quando
recebemos a notoriedade que cremos merecer, ficamos
aborrecidos quando outros recebem a mesma distinção. Somos
cristãos vaidosos, egoístas, soberbos. Dizemos que Cristo
está em nossos corações, que Ele é amor, que somos Seus
discípulos, mas, não o imitamos em nada.

Os meninos da nossa ilustração não sabiam esperar. Nós,
quase sempre, também não sabemos esperar com paciência. Se o
que buscamos demora um pouco, somos tomados de angústia, de
desânimo, de pessimismo. Perdemos as forças, a fé, a
esperança.

Quando aprendemos a confiar no Senhor Jesus, cremos que a
nossa bênção virá, mesmo que demore um pouco. A nossa
esperança não desfalece, as nossas energias espirituais são
renovadas, a certeza da vitória jamais nos abandona. Ficamos
felizes com as conquistas pessoais e com as conquistas dos
irmãos e amigos. Se os nossos sonhos são realizados em
primeiro lugar, glorificamos a Deus. Se outros nos precedem,
glorificamos também. O que nos importa é que na hora do
Senhor a nossa bênção chegará.

terça-feira, 21 de setembro de 2010


Os Santos

"... aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com
todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, Senhor deles e nosso" (1 Coríntios 1:2).

As Escrituras nos falam de "santos". Esta palavra é definida
de várias maneiras, mas, ao buscarmos seu significado no
Novo Testamento, entendemos que se refere a um pecador
morto, revisado e restaurado."

Quem são os santos? São homens e mulheres que se colocaram
diante do altar do Senhor, abriram os seus corações para
serem usados com poder e graça e dedicam suas vidas a fazer
a vontade de Deus.

O santo é uma "nova criatura", que abdicou dos prazeres
ilusórios do mundo e tem se dedicado a desfrutar da alegria
verdadeira na presença do Salvador Jesus Cristo.

E se o pecado não mais nos domina, caminhamos na certeza de
que Deus está à nossa frente, dirigindo nossos passos,
consolando-nos nas horas de angústia, sorrindo conosco nos
momentos de alegria, cumprimentando-nos por ocasião de
nossas conquistas.

O Senhor Jesus nos animou: "Sede santos". Devemos então ser
perfeitos? Não errar nunca? Ele sabe que somos humanos e
falhos, mas, espera que não tenhamos mais prazer no pecado e
que procuremos viver conforme Seus ensinos. Ele deseja que
não estejamos mais divididos -- uma hora em Sua presença e
outra longe dele, servindo a outro senhor. Ele nos preparou
um caminho de bênçãos, de vitórias, de grande felicidade.

Queremos ser santos. Queremos depender de Deus em todas as
circunstâncias. Queremos amá-lo acima de tudo e também aos
nossos irmãos, como Ele nos ensinou. Queremos falar com Ele
antes de sair para o trabalho, antes de ir para a faculdade,
antes de adquirir um patrimônio, antes de ir ao mercado para
as compras de nossa casa. Queremos dizer a Ele que
dependemos dEle e sem sua direção, nada sabemos fazer e nada
queremos fazer.

Sim, somos santos e o Senhor é o nosso Deus.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Ceia do Senhor e o seu verdadeiro significado

“Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria. Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo. Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão. Considerem o povo de Israel: os que comem dos sacrifícios não participam do altar? Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus, e não quero que vocês tenham comunhão com os demônios. Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Porventura provocaremos o ciúme do Senhor? Somos mais fortes do que ele?” 1 Coríntios 10.14-22

O erro dos coríntios quanto à Ceia

No capítulo 10 de 1 Coríntios, Paulo aponta o erro dos coríntios quanto ao verdadeiro significado do memorial da Ceia do Senhor. E o erro era duplo, consistia na supervalorização e no menosprezo à ceia ao mesmo tempo.

Eles supervalorizavam a ceia ao acreditar que pelo simples fato de participar dela, estariam livres dos males das idolatrias praticadas por eles mesmos. Como se ela os imunizassem dos efeitos nocivos dos pecados da idolatria. Pelo simples fato de comer aquela ceia eles estariam isentos de suas responsabilidades como cristãos perante aquela sociedade idólatra. Comiam muito, porque criam que isso lhes traria alguma segurança espiritual independente da conduta que tinham lá fora na sociedade.

Por outro lado, menosprezavam a ceia por não entender o seu verdadeiro sentido. Por não entender que ela aponta uma comunhão com o Senhor com base no seu sacrifício vicário.

A ceia não é apenas um memorial

Ela não é apenas uma oportunidade de lembramos o dia da morte do Senhor Jesus. Ela é mais do que isso, é uma oportunidade de renovarmos a comunhão com ele, de renovarmos e reafirmarmos nossas convicções e esperanças em sua palavra.

Quando menosprezamos a ceia ao vê-la apenas como um memorial, ou quando supervalorizamos ao achar que comendo o pão e bebendo o cálice, estaremos imunes dos nossos pecados, cometemos um grave erro.

A idolatria, o grande problema da cidade de Corinto - 1 Coríntios 10.7,14,19 e 28

(7) “Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra.”

(14) “Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria.”

(19) “Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa?”

(28) “Mas se alguém lhe disser: "Isto foi oferecido em sacrifício", não coma, tanto por causa da pessoa que o comentou, como da consciência.”

I - O erro da Supervalorização

O primeiro grande erro daqueles primeiros cristãos foi supervalorizar o poder da Ceia, ao achar que pelo simples fato de participar dela, estariam imunes aos efeitos nocivos dos pecados da idolatria.

Paulo percebe esse erro e compara ao erro de Israel quando peregrinou no deserto. Observe o capítulo 10 do verso 1 ao 7.

“Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar. Todos comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados (prostrados) no deserto. Essas coisas ocorreram como exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles fizeram. Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra.”

Assim como muitos em Israel criam que podiam se salvar pelo simples fato de ter sido batizado na “Nuvem” e no “Mar” (água), comendo do mesmo alimento espiritual, e bebendo todos da mesma bebida espiritual, e depois acabaram por perecer no deserto, sendo prostrados, espalhados, mortos e engolidos por aquelas terras. Assim também muitos irmãos da igreja em Corinto achavam que pelo fato de ser batizados nas águas, e comer e beber a Ceia do Senhor, estariam salvos, imunes de suas responsabilidades diante de uma sociedade pagã e idólatra.

O erro deles não é diferente do nosso

Os corintos estavam enganados quanto aos super poderes da Ceia do Senhor. Pensavam que podiam passar a semana inteira comendo comidas sacrificadas aos ídolos, praticando atos ilícitos, se unindo aos demônios e depois ao comer e beber da Ceia estariam perdoados, crendo que nenhum mal viria afetar suas vidas, e estariam com a salvação garantida.

“O fato de ser batizado na “nuvem” ou no “mar”, ou de ter bebido da rocha ou comido do maná, isso não garantiu salvação aos filhos de Israel.”

Da mesma maneira, o fato de sermos batizados nas águas, ou na nuvem da glória do Espírito Santo, ou ainda que tomemos parte do carne e do sangue de Jesus Cristo, representados no pão e no vinho, todavia isso não nos garante imunidade, não nos garante salvação.

Podemos vir aqui hoje, comer o pão e bebermos o cálice, mas se a nossa vida estiver associada aos demônios e aos seus sacrifícios lá fora, ficaremos prostrados neste deserto e não poderemos entrar em Canaã.

Beber o cálice, comer o pão não lhe garante perdão. A ceia não tem o poder de perdoar pecados. Ela não tem o poder de salvar. Como também não tem o poder de proteger a ninguém das conseqüências de seus atos pecaminosos.

Muitos comeram o maná e beberam da rocha, mas caíram no deserto, ficando prostrados para a perdição. Por isso, não façamos da Ceia do Senhor um ato de purificação. Não pensemos que ao comer e beber dela, Deus deixará de lado nossa vida mundana.

Não é a Ceia do Senhor que irá te salvar, mas uma vida comprometida com a santidade de Deus.

Nenhum de nós hoje aqui está seguro, nenhum de nós é salvo. Estamos salvos, e estar é diferente de “ser”. E só seremos salvos se não prostrarmos, se não cairmos da graça. Por isso a palavra alerta que pensa dessa forma:

“Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” 1 Coríntios 10.12

II - O erro de menosprezar a Ceia do Senhor

Se por um lado eles supervalorizavam a Ceia do Senhor, por outro eles menosprezavam.

O segundo erro deles foi menosprezar a Ceia por não entender o seu verdadeiro sentido. Por não entender que ela é a porta para aproximação e partilha da comunhão com o Senhor.

Que o ato de participar do corpo e do sangue, ao comer um fragmento de pão e ao beber um cálice de vinho, produz na igreja comunhão. Que este ato renova as forças do crente para lidar e vencer o pecado de idolatria em todas as suas formas.

A Ceia do Senhor não deve ser trocada por nada. Deve ser um dia sagrado na vida de todos nós. Porque nutre a fé e renovas as esperanças da Igreja quanto à volta de Cristo.

Quantos fazem descaso da Ceia? Marcam eventos, fazem festinhas, programam viagens, vão a casamentos. Alegando que vão participar no dia posterior, ou em outra ocasião oportuna. Na verdade, a questão do dia não é problema, pode ser qualquer dia e qualquer hora da semana. Mas a questão é que ela deve ser celebrada com toda a Igreja reunida, como diz o texto, esperando uns pelos outros, que aponta para a reunião onde todos possam estar juntos, ao mesmo tempo, celebrando a Deus pelo mesmo fim: a morte, ressurreição e a iminente volta de Cristo.

Quando você participa da celebração da Ceia, suas convicções no Senhor são renovadas, sua conduta diante da sociedade melhora, você se torna um cristão animado, esperançoso, sua visão se volta para Cristo e para suas promessas.

A Ceia do Senhor nos ajuda a fugir da idolatria, do pecado. Ela gera em nós, firmes convicções de santidade e temor.

“Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria. Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo?” 1 Coríntios 10.14,16

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


UM CONVITE À GRAÇA E À VERDADEIRA CIRCUNCISÃO!

Texto de Referência: Romanos 2.17-29
“Ora, você que leva o nome de judeu, apóia-se na lei e orgulha-se em Deus; se você conhece a vontade de Deus e aprova o que é superior, porque é instruído pela lei; se está convencido de que é guia de cegos, luz para os que estão em trevas, instrutor de insensatos, mestre de crianças, porque tem na lei a expressão do conhecimento e da verdade; então você, que ensina os outros, não ensina a si mesmo? Você, que prega contra o furto, furta? Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos? Você, que se orgulha na lei, desonra a Deus, desobedecendo à lei? Como está escrito: "O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês".
"A circuncisão tem valor se você obedece à lei; mas, se você desobedece à lei, a sua circuncisão já se tornou incircuncisão. Se aqueles que não são circuncidados obedecem aos preceitos da lei, não serão eles considerados circuncidados? Aquele que não é circuncidado fisicamente, mas obedece à lei, condenará você que, tendo a lei escrita e a circuncisão, é transgressor da lei. Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus.”

Um Convite à Graça
Um olhar panorâmico deste texto bíblico vai nos revelar um convite especial e generoso à graça de Deus. Ele faz um apelo, e não apenas uma exortação, até porque a circuncisão não era prática dos romanos, e sim dos judeus, que queriam introduzi-la à fé dos gentios (romanos). A mensagem de Paulo faz-nos um convite: “viver interiormente a Graça de Deus, circuncidados no coração, e não na letra, ou na aparência.” Convida-nos a viver além da superfície, mergulhados nas profundezas do amor e da graça de Deus, por meio daquele que é o Salvador de todos, Jesus Cristo, nosso Senhor. Ela nos convida a não viver pela “letra” que é a Lei. Porque por ela fomos repugnados e rejeitados diante de Deus. Pois, ela, ao invés de nos aproximar, acabou por nos distanciar de sua presença. Foi por causa da lei que o homem conheceu o pecado, então a lei, ou a letra mata. Todo aquele que é circuncidado pensa ser justificado pela lei, mas a circuncisão só tem efeito de fato, na vida daqueles que a obedecem plenamente. Como não há quem não tropece nela, seja judeu ou grego, ou quem quer que seja, então, a circuncisão pela lei jamais justificou alguém, nem mesmo Abraão, pois este, segundo a palavra (Romanos 4.3-16) foi justificado pela fé!

Se alegre pelo fato de não ser rejeitado por Deus apesar de ser fraco. Não deseje pecar, não deseje fracassar, não! Antes deseje acertar, a viver inteiramente para o Pai. Mas não pense que ele espera que você se torne perfeito para ser aceito diante dele. Não pense que o simples fato de existir em sua carne, uma lei chamada: lei do pecado (Rm 7.17,23), que te leva involuntariamente a pecar, o impossibilitará de estar diante do altar da graça de Deus. Esta lei é um espinho indesejável, e que apesar de você buscar prevalecer contra ela em oração ou pela palavra, sempre está a ceder. Quando você pensa que está forte e que não vai se render a esta lei, que opera na intimidade de suas entranhas, na verdade você percebe que está fraco e que ela já o fez praticar o pecado, mesmo involuntariamente. Pois o bem que deseja fazer, não consegue, mas o mal que não quer, isto o faz. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7.14-25
Graças a Deus, que por meio de Jesus Cristo nos livra do corpo desta morte por sua graça. E como disse à Paulo, quando este o buscou em súplicas e orações intensas desejando se despojar daquele espinho (sinônimo de suas fraquezas constantes): a minha Graça te basta!- Paulo, eu sei que você tem esta fraqueza, mas aproveite a minha graça. Não vou tirá-la de você para que não se glorie, para que não se ache o tal, o super-crente. Quero você um Paulo humilde, dependente, fraco por causa da fraqueza de sua carne, todavia forte pela força da minha graça. - Na verdade, Paulo, quando você está fraco, então está forte! Porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Como é bom depender da Graça de Deus! Como é bom vivê-la e experimentá-la! Às vezes buscamos poder, mais poder, e queremos nos tornar tão fortes, tão santos, perfeitos. E acabamos por nos tornar pessoas rígidas, duras com as outras, exigentes, críticas, cheias de si, a ponto de julgar os outros. Mas na verdade, esta busca por “poder”, se caracteriza numa ausência de uma experiência real de dependência da graça de Deus. Pois só é possível ter uma vida de poder diante do Pai, quando de fato se tem uma experiência de dependência com a sua graça. Porque o poder do Espírito Santo virá como conseqüência dessa experiência. Pois a graça de Deus humilha o nosso eu, contudo exalta a nossa dependência e necessidade por Deus. Ela nos descobre, revelando nossa nudez e ao mesmo tempo nos veste com vestes de salvação. Ela lança por terra nossa vida de aparência, contudo, vivifica uma vida interior autêntica cheia das misericórdias e consolações de Deus.

A Circuncisão do Coração
A circuncisão foi instituída no antigo testamento como um concerto entre Deus e Abraão (Gn 17). Símbolo de uma aliança perpétua entre Deus e seu povo. Naquela ocasião, todos os descendentes de Abraão, inclusive ele, e seus servos foram instruídos a circundar-se. O ato da circuncisão se constituía na ruptura, ou na retirada de uma pele do órgão genital masculino, conhecida como prepúcio. Simbolizava a ruptura do judeu com o mundo, e sua exclusividade para Deus. Para nós cristãos, a circuncisão só tem algum valor quando esta ocorre no coração, e não na carne (exterior). Quando de fato deixamos de amar o mundo, e passamos a amar exclusivamente a Deus, pelo concerto da nova aliança no sangue de Cristo, seu filho. Esta é a verdadeira circuncisão.

As bênçãos provenientes da circuncisão do coração
Quando um cristão se volta inteiramente para Deus Pai de coração, sem reservas, quando ele se despoja de sua ardente paixão pelo mundo e pelos seus encantos, e passa a amá-lo com sinceridade, então inúmeras bênçãos são derramadas sobre ele. Para não ocupar demasiado espaço neste sermão, quero sintetizar essas bençãos, e talvez, em ocasião oportuna poderemos voltar a transcrevê-las de forma mais abrangente.

A benção da multiplicação
Deus disse à Abraão, quando este ainda era apenas Abrão. “Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência” Gn 17.2 Deus tem um compromisso com sua palavra, portanto quando um filho seu assume a responsabilidade e o comprometimento com sua aliança, consequentemente suas promessas passam a fazer parte da vida desse filho. E a benção da multiplicação é a primeira delas. Portanto, Deus tem o prazer de multiplicar sobre a vida de todo cristão: o tamanho da fé, a intensidade do amor, a pureza da mente; os dias de vida, a qualidade de vida, os bens e posses materiais, a inteligência, a sabedoria, etc.

Um novo nome
Deus mudou o nome de Abrão para Abraão (Gn 17.5), isso apontava para um novo tempo em sua vida. Dali em diante Abraão seria reconhecido como o pai de muitas nações. E é isto que Deus deseja realizar em sua vida, mudar o seu nome, dar um novo sentido a ele, e trazer um novo tempo para você. Para que quando as pessoas se refiram à você, possam perceber a glória de Deus em sua vida, e a transformação para melhor que Ele operou.

Uma aliança de benção com sua família
A família de Abraão estava inserida nas bênçãos prometidas pelo Senhor Deus. Deus é o protetor das famílias. Ele às instituiu com amor, e, portanto, é de seu grande interesse abençoá-las. A circuncisão de coração produz bênçãos para nossas famílias. Pois, quando passamos a crer de coração em Deus, com sinceridade, aí se cumpre o que disse Paulo: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo tu e a tua casa.” (Atos 16.31) A salvação se estende de geração em geração, cumprindo a promessa do Senhor.

Canaã: “Uma excelente possessão”
Uma das maiores bençãos provenientes da ruptura do nosso coração com o mundo, é a conquista de Canaã. Esta representa os prazeres e as conquistas concedidas por Deus a nós. Conquistar Canaã significa conquistar os espaços de Deus para as nossas vidas. Significa tomar posse daquilo que ele designou como território exclusivo de cada um de nós. Significa se apossar corajosamente dos deleites que essa boa terra produz. Conquistar Canaã significa lançar fora (desta terra), todos os “eus” representados pelos sentimentos e pensamentos mesquinhos lançados contra nós em forma de setas malignas, e que sugam nossas alegrias e prazeres concedidos pelo Pai. Ocupar este território é privilégio somente daqueles cujos corações foram circuncidados para Deus.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


A SINDROME DO ENVELHECIMENTO ESPIRITUAL – 2 Sm. 19:31-39

Int. Existem muitos obreiros que apesar de serem ainda jovens, estão enfrentando a síndrome do envelhecimento espiritual.
Vejamos os Sintomas de quem está enfrentando esta síndrome:

1º - Perda das perspectivas – V. 34 “...Quantos serão os dias dos anos da minha vida ?” Ex. Calebe

2º - Perda do discernimento – V.35 “... poderia eu discernir entre o bom e o mau? “ Ex. Ely

3º - Perda do Paladar – V. 35 “...Poderia o teu servo ter gosto no que comer e beber?” Ex. Perda do sabor, perda do apetite pelas coisas espirituais, oração, adoração, louvor, comunhão, leitura da bíblia, etc.
Obs. Deus não quer apenas que realizemos Sua obra, Ele quer que a realizemos com alegria, de forma vibrante, com muito prazer e entusiasmo!

4º - Perda da sensibilidade – V.35 “... Poderia eu mais ouvir a voz dos cantores e cantoras?” Quanto tempo faz que você não consegue ouvir ou sentir a Deus?

5º - Perda dos valores – V. 35 “...E por que será o teu servo ainda pesado ao rei meu senhor?” Obs. Achou que o rei honrá-lo era algo de só menos importância!

6º - Perda do vigor – V.36 ” Com o rei passará teu servo ainda um pouco mais além do Jordão...” só irei até ali e basta! – Ex. Elias, Eliseu

7º - Perda do ânimo – V. 37 “...Deixa voltar o teu servo...” Obs. Quantos estão pensando seriamente em voltar?

8º - Perda da vontade de viver – V. 37 “...morrerei na minha cidade, junto à sepultura de meu pai e de minha mãe...”

Quantos estão prosseguindo, e você meu amado companheiro, estás na caravana do Rei rumo a Jerusalém ou estás como Barzilai, se sentindo velho e ficando para traz?

V. 39 – “ Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e passando também o rei, beijou o rei a Barzilai, e o abençoou; e ele voltou para o seu lugar.”

Conclusão: Tenho uma boa notícia da parte do Senhor para ti: “ Is. 40:31 “Mas os que esperam no SENHOR renovarão suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O PASTOR QUER QUEIMAR O ALCORÃO


Pastor afirma que não vai recuar da intenção de queimar Alcorão nos EUA
Plano de atear fogo a livro sagrado provocou protestos mundo afora.
Reverendo da Flórida quer mandar 'advertência' para muçulmanos radicais.
Do G1, com agências internacionais

imprimir O pastor Terry Jones reafirmou nesta quarta-feira (8) sua intenção de queimar cerca de 200 cópias do Alcorão no sábado, para lembrar o aniversário do 11 de Setembro, mesmo depois da onda de protestos internacionais contra seu plano.

"Não estamos convencidos de que recuar é a coisa certa", disse Jones, obscuro pastor da Dove World Outreach Center, em Gainesville, no estado americano da Flórida.

Ele disse que levou em consideração as críticas do general David Petraeus, comandante-chefe dos EUA no Afeganistão, de que seu ato iria presentear os extremistas islâmicos com uma "peça de propaganda". Mas disse que não vai ser dissuadido.

O religioso afirmou que deseja que o evento de queima do Alcorão envie uma "advertência" ao que chamou de muçulmanos linha-dura, que, segundo ele, tentavam exercer influência sobre os EUA.

"A queima do Alcorão é para chamar a atenção para o fato de que algo está errado", disse.

O reverendo Terry Jones posa nesta terça-feira (7) em frente à sede da igreja em Gainesville, no estado americano da Flórida. (Foto: AP)"Estamos enviando uma mensagem a eles de que não queremos que façam o que parecem estar fazendo na Europa", disse Jones. "Queremos que eles saibam que, se estão na América, precisam obedecer a nossa lei e constituição e não empurrar lentamente a agenda deles sobre nós."

Protestos
Além de Petraus, a Casa Branca, o Vaticano, o Irã, a União Europeia e a ONU manifestaram-se contra o protesto.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, classificou os planos como "vergonhosos".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, condenou o plano da igreja, afirmando que um ato dessa natureza não pode ser apoiado "por nenhuma religião".

A chanceler alemã Angela Merkel também classificou de odioso e erro a decisão da igreja.

"Parece-me que é uma falta de respeito, é odioso e simplesmente um erro", afirmou a chefe de Governo, durante a entrega de um prêmio de liberdade de imprensa ao chargista dinamarquês Kurt Westergaard, ameaçado de morte por extremistas muçulmanos por ter feito uma caricatura de Maomé com uma bomba como turbante.

Tensões
O anúncio também ocorre perto do fim do mês sagrado do Ramadã e em meio às tensões elevadas nos EUA pela proposta de construção de um centro cultural islâmico e de uma mesquita perto do local dos ataques ao World Trade Center, em Nova York.

A queima de livros está marcada para as 18h locais (19h de Brasília).

Funcionários da prefeitura afirmaram que vão tomar providências para tentar impedir o ato.

Policiais e bombeiros teriam uma reunião para tratar do caso. Um representante da prefeitura disse que é proibido realizar um incêndio a céu aberto, e os responsáveis correm o risco de serem multados em US$ 250 e até de serem presos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Como lidar com a Hipocrisia através da Bondade e Justiça de Deus


Texto de Referência: Romanos 2.1-5

"Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento."


“Sinto alegria em poder compartilhar o evangelho de Jesus Cristo, por meio deste livro (Romanos).” Ele é a mensagem (resumida) do evangelho para nós gentios.

Vamos falar hoje de um assunto não menos importante do que já temos falado em nossas reuniões, “como lidar com a hipocrisia através da bondade e justiça de Deus.”

Todo mundo já ouviu essa frase: “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.

Quando nos tornamos hipócritas?

Jesus, em seu evangelho nos ensinou que não devemos fazer julgamentos das pessoas (Lucas 6.42). Que não devemos tirar o “cisco” do olho do nosso irmão, sem que antes tenhamos tirado a viga (trave) dos nossos olhos. Ele nos ensinou que os nossos pecados secretos são sempre maiores do que o do nosso irmão. Que antes de apontarmos para o pequeno defeito do fulano, do joazinho, da mariinha, devemos olhar para dentro de nós, e enxergarmos quão grandes e graves problemas temos.

A hipocrisia nos veste bem, sua roupagem religiosa nos ajuda a disfarçar muito bem os problemas de caráter e de conduta que há em nós. A religiosidade e espiritualização na maioria das vezes são fontes para a hipocrisia. O falar em línguas muitas vezes é um disfarce para tentar camuflar a ausência de uma vida transformada por Cristo. Aí chegamos em nossas reuniões, cheios de “espirituosidade”, pulamos, falamos em línguas de “fogo”, mas quando saímos do culto tiramos essa roupagem, essa máscara, e voltamos a ser aquilo que sempre temos sido, os mais vis pecadores.

Se o problema da hipocrisia fosse só o disfarce não seria tão ruim assim, mas ela gera outro mal muito grave: ela nos induz à crítica e julgamentos maldosos das pessoas. Ela disfarça o nosso “mal”, o nosso “erro”, o nosso “pecado”, e descortina o erro alheio. Ela esconde a nossa grave fraqueza, e revela a fraqueza alheia. Ela nos faz sentir melhores que os outros, quando na verdade, somos piores.

É por isso que quando agimos com hipocrisia, somos indesculpáveis. Indesculpáveis não por termos erros, não por termos pecados em nós, mas por mascararmos eles e apontarmos os erros alheios.

O evangelho é introspectivo!

O evangelho é a mensagem que nos leva a observar e se arrepender dos erros que há dentro de nós. É a mensagem que nos ensina a olhar para nós mesmos. Que nos ensina a enxergar nossas falhas, que nos ensina a examinar a nós mesmos. “examine-se a si mesmo” (1 Co 11.28).

O evangelho não tem nada a ver com a fiscalização da vida alheia. Antes nos influencia a olhar para nós mesmos.

“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.” Gálatas 6.1

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” 1 Timóteo 4.16

Sou um ministro, um pastor e não um fiscal! Não estou aqui para fiscalizar a vida de vocês. Mas estou aqui para ser exemplo para vocês. Pois a bíblia nos ensina a fazer isso, a ser exemplo, a ganhar com o exemplo, pois a vida prática fala mais alto do que o meu sermão. Porque as minhas atitudes gritam mais alto que as minhas próprias palavras.

Nós vivemos num ambiente onde diariamente somos tentados a mascarar nossa vida cristã em detrimento da língua alheia.

O evangelho põe em nós as lentes da graça. E a graça de Deus nos faz enxergar nossas necessidades reais de perdão diário. Ela nos abre os olhos da consciência e do coração para enxergarmos quantos pensamentos e sentimentos maus há dentro de nós. E que ao invés de julgarmos as pessoas devemos julgar a nós mesmos, para não sermos condenados pelo Senhor.

Não podemos fazer juízo de valores sobre as pessoas

Quando nós fazemos julgamentos nos colocamos na condição de Deus. Mas quem é um simples mortal, ou um simples homem para julgar aos outros? Somos matéria frágil, feito do pó.

A palavra diz: “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.” Romanos 8.33.

O próprio Mestre disse: “Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo.” João 12.47

Seguindo o ensinamento de Jesus devemos sempre dar uma resposta de salvação e perdão para os pecadores, assim como ele nos deu. Ele não lançou em rosto nossas maldades, antes a tomou sobre si, e nos amou. Agora devemos amar as pessoas, e não julgá-las, e não condená-las.

A bondade de Deus nos leva ao arrependimento

Poderíamos meditar mais sobre este ponto do livro de Romanos: “as riquezas da bondade de Deus”. Pois se trata de um assunto valiosíssimo para o crescimento e fortalecimento da nossa fé. Poder conhecer e experimentar as riquezas de sua bondade é algo extraordinário. Vamos falar um pouco mais sobre isso futuramente, agora, porém, tentaremos visualizá-lo rapidamente.

São inúmeras as riquezas da bondade de Deus, mas nesse verso Paulo aponta duas: “Tolerância e Paciência”.

Tolerar é suportar. Então Deus suporta as nossas afrontas, as nossas fraquezas, a nossa fragilidade! Ele não ira facilmente. Ele não é intolerante, um ditador. Ele nos suporta. E só Deus realmente para nos suportar!

A paciência de Deus, juntamente com a sua tolerância é o seu modo de nos levar ao arrependimento. Ele suporta e dá tempo de arrependimento. Você e eu podemos meditar numa profunda verdade: “Como Deus foi, ou tem sido paciente comigo!”. Glória a Ele por isso.

Deus é paciente. Ele trabalha com calma. Hoje eu e você estamos numa condição que talvez não seja a melhor de Deus para nós. Mas a grande paciência dele nos conduzirá ao alvo, nos conduzirá sempre ao arrependimento. E isso é a Graça de Deus.

Ele não nos entregou e nem nos abandonou em nossas paixões carnais. Antes com as cordas da sua misericórdia tem nos tirado do poço de pecado, e com as garras da sua graça tem segurado firme em nossas mãos para que estejamos sempre nele e no seu amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E B O - O MAIOR EVENTO PROFÉTICO DO BRASIL


A ESPOSA DO PASTOR


Na minha caminhada cristã, tenho visto um número significativo de esposas de pastores, marcadas negativamente pela igreja. Na verdade, basta olharmos para os nossos arraiais evangélicos que perceberemos uma quantidade de mulheres de Deus, feridas e adoecidas emocionalmente em virtude da pressão do ministério pastoral do marido. Para piorar o quadro, quando o esposo adultera ou abandona o lar, ou até mesmo falece, a família do pastor é severamente punida.

Conheço inúmeros casos de mulheres que ao enviuvarem foram despejadas de suas comunidades locais, lançadas a escanteio, entregues ao “deus-dará”. Ora, se não bastassem à dor do luto, ou o abandono do marido, as esposas de pastores sofrem a humilhação de serem consideradas “personas non gratas” na igreja que fazem parte. Sei de um caso onde após a morte do pastor, a esposa e os filhos receberam a “sugestão” de procurarem outra igreja para servir a Deus, visto que sua permanência na Comunidade poderia gerar constrangimentos com a esposa do novo pastor.

Por acaso você já se deu conta de que temos a enorme facilidade de “coisificar” à vida jogando na lata do lixo aqueles que não nos servem mais? Caro leitor, o mais tenebroso de tudo isso é que a indiferença, o desrespeito, ou até mesmo a brutalidade destinados a família do pastor, se mostram de forma implacável em centenas de igrejas neste país.

A esposa do pastor e seus filhos não são coisas ou objetos descartáveis, antes pelo contrário, são pessoas carentes de atenção, compaixão, abraços, toques e amor.

domingo, 29 de agosto de 2010

O "Galho" Jogado Para O Ar


"O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe
dirige os passos" (Provérbios 16:9).

Um caminhante , ao alcançar um cruzamento, lançou por três
vezes um galho para o ar. Uma pessoa, que a tudo assistia de
perto, perguntou: "Por que você lançou o galho para o ar
desta maneira?" O caminhante respondeu: "Para que ele me
indicasse a direção que eu devia seguir". "Mas, por que três
vezes?" "Por que nas duas primeiras vezes ele não indicou o
caminho que eu queria seguir."

Muitos cristãos agem da mesma forma. Pedem a Deus direção
para uma decisão a tomar mas, só aceitam se a resposta for a
que já tomaram de antemão. Alguns até têm o costume de
procurar a resposta na Bíblia. Abrem-na ao acaso e apontam o
dedo, dizendo: "Deus vai falar comigo". E repetem a atitude
até que o versículo apontado traga uma mensagem que lhes
agrade.

Afinal, somos discípulos do Senhor ou de nós mesmos?
Queremos agradar a Deus ou ao nosso próprio ego? Queremos
nossas vidas colocadas no altar do Senhor ou no altar dos
nossos interesses?

Deus tem coisas maravilhosas para nos dar, tem bênçãos
incontáveis para derramar sobre nós, tem respostas aos
nossos anseios que, certamente, garantirão uma vida de
grande felicidade. Porém, ao jogarmos o "galho" da vontade
do Senhor para o ar, precisamos seguir a direção apontada já
na primeira vez. Ao agirmos como o caminhante de nossa
ilustração, fechamos a porta das dádivas de Deus e abrimos a
porta de possíveis fracassos e decepções.

É muito perigoso seguir a direção proposta por nossos
corações. Elas podem ser boas ou não, podem nos conduzir à
vitória ou à derrota. Melhor é confiar totalmente na direção
do nosso Pai. Ela não falha e o resultado é sempre o melhor
para nós.

Se você jogar o "galho" da vontade de Deus para o ar, siga o
que ele mostrar. Você tomará a direção correta e a vitória
será certa.

sábado, 21 de agosto de 2010

Autoridades e serviço


O apóstolo Paulo, em confronto com dinâmicas de diferentes culturas e tentando ajustar o desafio permanente que é o exercício da autoridade, aponta uma orientação, no mínimo intrigante. Ele diz, escrevendo aos Romanos: “Todos se submetam às autoridades que exercem o poder, pois não existe autoridade que não venha de Deus. E as autoridades que existem foram estabelecidas por Deus (Rm 13,1).” A interpretação da submissão e respeito às autoridades se localiza na referência fundamental e insubstituível a Deus. Isso significa dizer que uma autoridade se justifica e tem a propriedade de ser ouvida e obedecida na medida em que se mostra semelhante ao que Deus é: amor.

A partir desse princípio, compreende-se que o exercício de toda autoridade vinda de Deus é serviço aos outros, em favor de suas vidas, de sua dignidade e de sua integridade – em razão do amor. Por isso mesmo, inadmissível é entender e, sobretudo, exercer a autoridade como garantia de si e para si mesmo. São pertinentes as invectivas proferidas por Jesus e dirigidas aos seus conterrâneos religiosos e detentores do poder. Assim, narra o evangelista Mateus, 23, 2-4: “Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo”. Jesus fala da cátedra de Moisés para evocar a indispensável autoridade moral que se deve ter para ocupar tal lugar.

Não basta apenas ter adquirido o direito por algum meio, particularmente advindo de títulos ou em consideração ao tempo dedicado. É preciso assumir o desafio de exercer a autoridade em todos os âmbitos. Há uma racionalidade que deve ser enraizada, portanto, n’Aquele que é a referência única por ser a fonte inesgotável dela, Deus, Deus amor. O exercício da autoridade, pois, não é a satisfação pessoal de propósitos e menos ainda a afirmação de si mesmo diante dos outros e da sociedade. Supõe que se tenha autoridade moral como condição básica para fecundar o equilíbrio insubstituível que seu uso requer, além da capacidade de discernimento e de sabedoria. Sem o tempero da moralidade, o exercício da autoridade fica comprometido. Não bastam, por isso mesmo, as garantias de conhecimento técnico ainda que com o suporte de uma considerável experiência.

E as eleições deste ano marcam essa perspectiva, de modo forte, quando requerem candidaturas que comprovem um lastro confiável de moralidade no exercício da autoridade, no desempenho de papéis e responsabilidades que, especialmente, dizem respeito à vida do povo. Essa exigência tão importante pega muita gente na contramão de suas pretensões e reafirma, no coração da sociedade sofrida, a importância fundamental de se ter autoridade moral. Aliada à autoridade moral há também outra de importância fundamental: a autoridade intelectual. Não basta a boa vontade para alcançar propósitos. A autoridade intelectual ilumina, de modo especial, a competência técnica e cria mecanismos e possibilidades para respostas rápidas e úteis, exigências intrínsecas ao terceiro milênio.

O exercício da autoridade não é uma façanha de demonstração de próprio poder por barganhas e manipulações, tão comuns por parte dos que a exercem de maneira medíocre. Tem autoridade quem a exerce ancorado em competências moral, intelectual, espiritual, técnica e humanística.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Disfarce Inútil


"... disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores"
(Mateus 7:15).

Ivan IV, foi o primeiro Czar de toda a Rússia. Ele era um
homem tão cruel que eles o chamavam de "Ivan, O Terrível".
Ele casou 7 vezes e maltratou todas as esposas. Ele era
imoral e violento. Ele costumava lançar animais para fora
dos muros do Kremlin só para assistir sua morte.
Historiadores registram que, quando ele morreu, em 1584,
rasparam sua cabeça e o enterraram com vestimentas de monge,
para que Deus pensasse que Ivan, o Terrível, era um
religioso e o aceitasse no Céu.

Até que ponto temos usado disfarces em nossa vida
espiritual? O verso de nossa introdução fala dos falsos
profetas, mas podemos usá-lo em referência a todos os
cristãos.

Na igreja somos uma pessoa santa, sorridente e amável com os
irmãos. Todos nos admiram e testemunham de nossa fé e
dedicação cristã. Somos um exemplo de vida transformada.

Quando chegamos ao trabalho, somos rabugentos,
encrenqueiros, mal-humorados e odiados por todos. E o pior
-- muitos sabem que frequentamos uma igreja e comentam: "Lá
vai o santo do pau oco. Ele diz que é cristão, mas, parece
mais um filho do demônio!" Isso nos entristece e, com
certeza, entristece muito mais ao nosso Deus.

O cristão precisa ser autêntico, transparente em suas
atitudes, verdadeiro em sua fé. Ele não pode se esquecer de
que é um filho de deus, representante do Céu aqui neste
mundo, transformado para iluminar os caminhos escuros e para
perfumar os ambientes por onde passa.

Você acha que pode enganar a Deus e entrar no Céu disfarçado
de outra pessoa?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Encorajamento para desenvolver a santidade


O desenvolvimento da santidade é uma necessidade. Thomas Watson chamou isso de “trabalho árduo”. Felizmente, Deus nos providencia muitas motivações para a santidade em sua Palavra. Para encorajar-nos na busca pela santidade, precisamos focalizar as seguintes verdades bíblicas.

Deus nos chamou à santidade

“Porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1 Ts 4.7). Todas as coisas às quais o Senhor nos chama são necessárias. Sua própria chamada, assim como todos os benefícios de um viver santo que experimentamos, devem nos induzir a buscar e praticar a santidade. A santidade aumenta o nosso bem-estar espiritual. Deus nos assegura que “nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Sl 84.11). “O que a saúde é para o coração”, observou John Flavel, “a santidade é para a alma”.1 Na obra escrita por Richard Baxter sobre a santidade, os próprios títulos dos capítulos são esclarecedores: “Santidade é o único caminho de segurança”; “Santidade é o caminho mais benéfico”; “Santidade é o único meio honroso”; “Santidade é o caminho mais agradável”. Contudo, ainda mais importante, a santidade glorifica ao Deus que você ama (Is 43.21). Como afirmou Thomas Brooks: “A santidade faz o máximo para honrar a Deus”.

A santidade fomenta a semelhança a Cristo

Thomas Watson escreveu: “Devemos nos empenhar em sermos semelhantes a Deus em santidade. Este empenho é um espelho nítido no qual podemos ver um rosto; é um coração santo no qual pode ser visto algo do caráter de Deus”.4 Cristo é o padrão de santidade para nós — o padrão de humildade santa (Fp 2.5-13), compaixão santa (Mc 1.41), perdão santo (Cl 3.13), altruísmo santo (Rm 15.3), indignação santa contra o pecado (Mt 23) e oração santa (Hb 5.7). Desenvolver a santidade que procura assemelhar-se a Deus e tem a Cristo como padrão nos salva de muita hipocrisia e de um cristianismo apenas domingueiro. Esta santidade nos dá vitalidade, propósito, significado e direcionamento no viver diário.

A santidade dá evidência da justificação e da eleição

A santificação é um fruto inevitável da justificação (1 Co 6.11). Estes dois elementos podem ser distinguidos, mas nunca separados; o próprio Deus os uniu. A justificação está organicamente ligada à santificação; o novo nascimento dá origem à uma nova vida. O justificado andará no “caminho de santidade do Rei”. Em Cristo e através dEle, a justificação dá ao filho de Deus o direito e a ousadia de entrar no céu; a santificação dá-lhe a aptidão para o céu e a preparação necessária para chegar lá. A santificação é a apropriação pessoal dos frutos da justificação. B. B. Warfield observa: “A santificação é tão-somente a execução do decreto de justificação. Pois, se a santificação falhasse, a pessoa justificada não seria liberta de acordo com sua justificação”. Conseqüentemente, o decreto de justificação de Cristo, em João 8.11 (“Nem eu tampouco te condeno”), é imediatamente seguido pelo chamado à santidade: “Vai e não peques mais”. A eleição é também inseparável da santidade: “Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2.13). A santificação é a marca de identificação das ovelhas eleitas de Cristo. Por isso, a eleição é sempre uma doutrina confortante para o crente, pois esta é o seguro fundamento que explica a graça de Deus operando nele. Por isso, os nossos antepassados reformados consideravam a eleição como um dos maiores consolos do crente, visto que a santificação torna visível a eleição. Calvino insistiu que a eleição não deveria desanimar ninguém, pois o crente recebe consolo dela, e o incrédulo não é chamado a considerá-la — antes, ele é chamado ao arrependimento. Aquele que fica desanimado pela eleição, ou confia-se à eleição sem viver uma vida de santidade, está se tornando vítima de um mau uso satânico desta doutrina preciosa e encorajadora (veja Dt 29.29). Como afirma J. C. Ryle: “Não é permitido a nós, neste mundo, estudar as páginas do Livro da Vida, e ver se nossos nomes encontram-se ali. Mas, se há algo nítido e plenamente declarado a respeito da eleição, é isto — que os homens e mulheres eleitos serão conhecidos e distinguidos por vidas santas”.8 A santidade é o lado visível de sua salvação. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16).

A santidade promove a segurança

“Todos podem estar seguros de sua fé por meio de seus frutos” (Catecismo Heidelberg, Questão 86). Teólogos reformados concordam que muitas das formas e graus de segurança experimentados por crentes genuínos — especialmente segurança diária — são alcançados gradualmente no caminho da santificação , mediante o cuidadoso conhecimento da Palavra de Deus, dos meios da graça e da conseqüente obediência.9 Uma aversão crescente pelo pecado, mediante a mortificação, e um amor crescente pela obediência a Deus, por meio da vivificação, acompanham o progresso da fé, enquanto ela cresce em segurança. A santidade centralizada em Cristo e operada pelo Espírito é a maior e mais sã evidência da filiação divina (Rm 8.1-16). O meio de perder um senso diário de segurança é deixar de buscar santidade diariamente. Muitos crentes vivem de modo relapso. Tratam o pecado despreocupadamente, ou negligenciam as devocionais diárias e o estudo da Palavra. Outros vivem de maneira muito inativa. Não desenvolvem a santidade, mas assumem a postura de que nada pode ser feito para nutrir a santificação, como se esta fosse algo externo a nós, exceto em raras ocasiões, quando algo muito especial “acontece” interiormente. Viver de maneira descuidada e inerte é pedir por escuridão espiritual, desalento e falta de frutos diariamente.

A santidade nos purifica

“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro” (Tt 1.15). A santidade não pode ser exercitada, quando o coração não foi fundamentalmente transformado por meio de regeneração divina. Por meio do novo nascimento, Satanás é destituído, a lei de Deus é escrita no coração do crente, Cristo é coroado Senhor e Rei e o crente é feito “disposto e pronto, conseqüentemente, para viver em Cristo” (Catecismo Heidelberg, Questão 1). “Cristo em nós” (Christus in nobis) é um complemento essencial para “Cristo por nós” (Christus pro nobis). O Espírito de Deus não apenas ensina ao crente o que Cristo fez, como efetiva a santidade e a obra de Cristo em sua vida pessoal. Por meio de Cristo, Deus santifica seu filho e faz suas orações e ações de graças aceitáveis. Como disse Thomas Watson: “Um coração santo é o altar que santifica a oferta; se não é por satisfação, é por aceitação”.

A santidade é essencial para um serviço efetivo a Deus

Paulo une a santificação à utilidade: “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (2 Tm 2.21). Deus usa a santidade para assistir aos pregadores do evangelho, para aumentar a influência da fé cristã, a qual é desonrada pelo descuido dos crentes e hipócritas que freqüentemente servem como os melhores aliados de Satanás.

Nossas vidas estão sempre fazendo o bem ou o mal; elas são uma carta aberta para que todos leiam (2 Co 3.2). Um viver santo influencia e impressiona mais do que qualquer outra coisa; nenhum argumento pode igualar- se a uma vida santa. Ela mostra a beleza da religião; dá credibilidade ao testemunho e ao evangelismo (Fp 2.15).13 A “santidade”, escreve Hugh Morgan, “é o modo mais eficiente de influenciar pessoas não convertidas e de criar nelas uma disposição para ouvir a pregação do evangelho” (Mt 5.16; 1 Pe 3.1-2). A santidade manifesta-se em humildade e reverência a Deus. Deus procura e usa pessoas humildes e reverentes (Is 66.2). Como observa Andrew Murray: “O maior teste para sabermos se a santidade que professamos buscar ou possuir é verdade e vida, será observar se ela se manifesta na crescente humildade que produz. Na criatura, a humildade é algo necessário para permitir que a santidade de Deus habite nela e brilhe por meio dela. Em Jesus, o Santo de Deus que nos faz santos, a humildade divina foi o segredo de sua vida, sua morte e sua exaltação. O teste infalível para nossa santidade será a humildade diante de Deus e dos homens, a qual nos marca. A humildade é o esplendor e a beleza da santidade”.

A santidade nos prepara para o céu

Hebreus 12.14 diz: “Segui [literalmente: buscai]... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Como escreveu John Owen: “Não há imaginação que iluda tanto o homem, que seja mais tola e mais perniciosa do que esta: que pessoas não purificadas, não santificadas, que não buscam santidade em suas vidas possam depois ser levadas a um estado de bênção, que consiste no gozo de Deus. Nem podem tais pessoas ter gozo de Deus, nem tampouco Deus ser o galardão delas. De fato, a santidade é aperfeiçoada no céu; contudo, o começo dela está invariavelmente restringido a este mundo. Deus leva para o céu somente aquele que Ele santifica nesta terra. O Deus vivo não admitirá pessoas mortas no céu”. A santidade e o mundanismo, portanto, são opostos um ao outro. Se estivermos apegados a este mundo, não estamos preparados para o porvir.

Abimael F. Ferreira

Abimael F. Ferreira