segunda-feira, 23 de maio de 2011

A ASSEMBLÉIA DE DEUS DO SÉCULO XXI

Na edição 2167, do dia 20 de maio de 2011, a revista Isto É trouxe como destaque o Pastor Samuel Ferreira, filho do presidente da Assembléia de Deus Ministério Madureira. Revista secular fez um comparativo da pregação de hoje do Pastor Samuel no templo em que lídera no Brás, São Paulo, com as tradicionais regras e esteriótipos que a Assembléia de Deus possui com relação a usos e costumes.
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Confira a reportagem na integra abaixo:
O evangélico desavisado que entrar no número 560 da ave­nida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País – estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do “não pode”. Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo simples e definitiva: eram coisas do capeta.
No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um grupo de cerca de vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais “ousadias”. Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. “Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados”, afirma ele, 43 anos, casado há vinte com a pastora Keila, 39, e pai de Manoel, 18, e Marinna, 14. “A maior igreja evangélica do País está vivendo um redescobrimento.”
Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola. Acessa a sua recém criada página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês, amealhou mais de 110 mil seguidores. Quando se levanta para pregar a palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –, como faz em encontros de jovens. “Samuel representa a Assembleia de Deus moderna, com cara de (Igreja) Renascer (em Cristo)”, opina o doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de “Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância” (1911-1946), editora Arte Editorial. “Os mais antigos, porém, acham o estilo dele abominável.”
Natural de Garça, interior de São Paulo, formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta, Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira, que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo formado por igrejas autônomas. Ferreira assumiu o templo da região central da capital paulista há cinco anos e passou a romper com as tradições. Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder parte dos 144 quilos. “Usar calça comprida é um pecado absurdo que recaía sobre as irmãs. Não agride a Deus, então liberei”, diz o pastor, 81 quilos, que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência.
Sua Assembleia do “pode” tem agradado aos fiéis. “Meu pai não permitia que eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo”, conta a dona de casa Jussara da Silva, 49 anos. “Furei as orelhas só depois dos 40 anos. Faz pouco tempo, também, que faço luzes”, afirma Raquel Monteiro Pedro, 47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das igrejas mais conservadoras.
A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. “Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso.”
Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. “Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento”, afirma. Ferreira, por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas. Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo celular até de madrugada – dia desses, postou que saboreava um sorvete às 4h30 –, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Um legítimo pastor do século XXI.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cheios de Gozo Em Qualquer Situação


"Pois o abençoaste para sempre; tu o enches de gozo com a
tua face"
(Salmos 21:6).

Quando uma senhora cristã, já bem idosa, sofrendo de
artrite, ficava sentada diante da janela da frente de sua
casa, assistia o tráfego movimentado da rua e comentava: "Eu
não sei o que faria se não tivesse todo esse movimento para
me distrair". Mais tarde, ela foi movida para um quarto nos
fundos da casa, de onde não podia ver mais o tráfego intenso
da rua. Frente a esta nova situação, ela disse: "eu gosto
ainda mais desse lugar. Daqui eu posso assistir as doces
crianças do vizinho, brincando no quintal". Por fim, ela
mudou-se para um cortiço em um bairro humilde e afastado do
centro da cidade. Para um amigo ela disse: "Venha e veja a
bela visão do céu que tenho daqui!"

Em todas as circunstâncias narradas, a velha senhora
mantinha o bom-humor, a alegria e o prazer em sua vida. Qual
o segredo de sua felicidade? Por que não murmurava? Por que
não maldizia sua sorte? Por que não vivia culpando o mundo e
as pessoas pelo que lhe acontecia? A resposta é muito
simples: ela tinha Jesus no coração.

Quando o Senhor faz parte de nossos dias, tudo é mais
bonito, tudo é mais agradável, tudo nos satisfaz. Se temos
muito, louvamos ao Senhor por Suas dádivas. Se temos pouco,
glorificamos ao Senhor por Sua misericórdia e por cuidar de
nós da mesma maneira. A felicidade não consiste nas coisas
que Deus nos dá e sim na Sua presença conosco, trazendo
refrigério e gozo à nossa vida espiritual.

Estamos sempre felizes porque cremos que Ele cuidará de nós
e suprirá as nossas necessidades. Estamos felizes porque Ele
nos mostrará o ângulo belo de todas as coisas. Estamos
felizes porque sabemos que o Senhor dos senhores nos ama e
está sempre ao nosso lado. Estamos felizes porque não
dependemos de bens materiais para sorrir e cantar. Estamos
felizes porque somos mais que vencedores e o nosso nome está
registrado no Livro de Deus.

Você depende de prosperidade material para ser feliz ou é
feliz porque tem o Senhor em seu coração?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu Era Feliz E Não Sabia


"E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si
mesmo se humilhar será exaltado"
(Mateus 23:12).

Conta-se a história de um relógio que sentia-se insatisfeito
por viver escondido na bolsa de sua senhora. Ele invejava o
Big Ben, o grande relógio na torre de Londres. Um dia,
enquanto passava sobre a Ponte de Westminster com sua
senhora, ouviu-se o pequeno relógio dizer: "eu gostaria de
estar lá em cima. Eu poderia, dessa forma, servir a uma
multidão". "Você terá sua oportunidade, pequeno relógio",
disse uma voz. Como em um passe de mágica, o relógio foi
parar, elegantemente, no topo da torre. Quando ele alcançou
o topo, sua senhora falou: "Onde está você, pequeno relógio?
Eu não posso vê-lo". E nenhuma outra pessoa podia ver o
relógio. Sua elevação causou sua destruição.

Como nos faz mal a soberba! Queremos ser sempre maiores e
ocupar lugares de destaque para que todos nos admirem e
aplaudam. Queremos ser os melhores, queremos estar nos
lugares mais elevados, queremos ser distinguidos entre todos
os demais. Achamo-nos superiores e não aceitamos o fato de
estarmos em um lugar menos honroso, mesmo que sejamos
felizes ali. A nossa altivez nos conduz pelo caminho do
inconformismo e até a alegria desaparece, dando lugar a
lamentos e murmurações.

Há um dito popular muito verdadeiro: "Eu era feliz e não
sabia". Quantas vezes já repetimos isso em nosso íntimo?
Quantas vezes já reconhecemos que todo o nosso empenho e
ansiedade foram inúteis? Quantas vezes deixamos o refrigério
do pouco para experimentar a inquietude do muito?

Podemos nós almejar um lugar melhor, um cargo superior, um
sonho mais audacioso? É claro que sim. Mas que tudo aconteça
na hora certa, por uma humilde determinação, pela
maravilhosa bênção de nosso Deus. É melhor ser exaltado por
uma atitude humilde do que ser humilhado por uma atitude
arrogante e prepotente. É melhor sentar na última cadeira e
ser convidado a vir para a primeira do que sentar na
primeira cadeira e ser convidado a ir para a última.

É muito melhor ser pequeno e guardado no coração do Senhor
do que estar no topo, longe do Senhor, perdido e ignorado.

Abimael F. Ferreira

Abimael F. Ferreira