quarta-feira, 31 de março de 2010

FORÇA NA FRAQUEZA

"Forjai espadas das relhas dos vossos arados,
e lanças das vossas podadeiras.
Diga o fraco: eu sou forte". Jl 3.10
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A mensagem supra, extraída do livro de Joel, é muito contundente, atual e transporta-nos a um patamar de elevada responsabilidade ante às realidades que permeiam nosso viver, seja no plano fésico, material ou no metafísico, espiritual e místico.
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Joel conclama o povo a uma reflexão profunda da realidade, atribuindo à confiança no Senhor o sucesso e a vitória final. Diante dos agravos que assolavam o caminho da nação escolhida por Deus para ser o "espelho" que refletisse as verdades supremas do Altíssimo, não cabia ao povo outra atitude que não fosse voltar a Deus.
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Interessante, como esse texto é atual! Alguns pontos devem ser observados com maestria, pois revelam o caminho por onde o cristão deve andar:
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(a) Reconhecer seus limites.
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O texto é claro quando afirma que o povo deveria se conscientizar de que era fraco ("Diga o fraco"). Alguém disse que quando se chega ao fundo do poço e se conscientiza de que não há mais solução nem saída para uma determinada situação, o homem "escancara" uma porta para Deus; pois o agir de Deus se faz salutar na insignificância do homem.
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Não há super-homem, muito menos super crente! O que há, são seres humanos falíveis, limitados e incapaz diante das investidas espirituais que agem nas regiões celestiais. É o paradoxo que envolve a ortodoxia: somos justificados, mas continuamos pecadores. Não se explicam os paradoxos que envolvem o cristianismo, apenas se aceitam e o vivenciam na extensão da fé; diria até na extensão do "salto da fé" sobre o qual falou muito bem Kierkegaard.
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(b) Reconhecer o Senhor como o Sujeito e não como o objeto.
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Percebe-se em toda a Bíblia, mas quero me reportar à teologia paulina para afirmar a centralidade incondicional da supremacia de Deus em detrimento a qualquer ação humana. Para Paulo, o homem é um ser infinitamente limitado que não possui condições alguma de tomar decisões; destarte, cabe sempre ao Senhor o primeiro passo.
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Por esta razão, o caminho delineado pelo Senhor para que o cristão seja vencedor, tramita a conscientização de que o Senhor é forte e por Ele, através dEle e por meio dEle, é que se pode afirmar que é forte. O texto supra está de comum acordo com o paradoxo da fé: o fraco deve afirmar que é forte. Se é fraco, não se é forte; se é forte não se é fraco, afirma a ordem natural e lógica que regem a conduta humana; no entanto, como a lógica e a ordem que regem a conduta do cristão não é tão lógico nem ordena assim, o fraco pode afirmar que é forte!
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Esse paradoxo se aceita pelo "salto da fé" e se explicita pela entrega total e incondicional à soberania do Senhor. O cristão é forte não pela sua força, mas pela força que emana do Senhor; ou seja, o sujeito da ação - Deus - torna o objeto - o homem - um ser forte.
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É por esse caminho que o cristão deve andar, é por esse paradoxo que o cristão de se nortear. Assim assevera o apóstolo Paulo:
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"Pelo que sinto prazer nas 'fraquezas', nas injúrias, nas necessidades, nas perseguções, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou 'fraco', então sou 'forte'." 2 Co 12.10
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Perceba que Paulo afirma que quando "está" fraco, então ele "é" forte. Que esse entendimento seja real na vida do cristão, pois assim pode-se afirmar que o caminho da vitória final está traçado

terça-feira, 30 de março de 2010

Cardeal diz que João Paulo 2° impediu investigação sobre pedofilia

Cardeal diz que João Paulo 2° impediu investigação sobre pedofilia

João Paulo 2º teria impedido o início das investigações

O cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, disse nesta segunda-feira que o papa Bento 16 não investigou um caso grave de pedofilia na igreja austríaca, quando ainda era responsável pela Congregação da Doutrina da Fé, porque teria sido impedido pelo então papa João Paulo 2º.

Schönborn afirmou que Joseph Ratzinger – que foi prefeito da Congregação da Doutrina da Fé entre 1981 e 2005 - pretendia, em 1990, investigar as denúncias de abusos sexuais cometidos pelo ex-arcebispo de Viena, Hans Hermann Groër.

Mas, segundo ele, isso não foi possível porque o papa não autorizou o início das investigações.

De acordo com o arcebispo, essa informação comprovaria que Bento 16 tem feito mais do que qualquer outro pontífice no combate contra abusos sexuais na Igreja e indicaria que as alegações de abusos contra Bento 16 são exageradas.

No domingo, Schönborn criou uma comissão especial para investigar as denúncias de abusos por parte de padres contra menores na Áustria.

Acusação

O caso do ex-arcebispo Hans Hermann Groër ficou conhecido em 1995 com a publicação de uma entrevista na qual um ex-aluno de Groër no seminário Hollabrumm disse que foi submetido a abusos pelo então professor na década de 70.

Na época, a Cúria de Viena colocou em dúvida a credibilidade da suposta vítima, questionando o fato de o aluno ter denunciado os abusos muitos anos após eles terem ocorrido.

Segundo a imprensa da época, foi por conta dessa posição que o então papa João Paulo 2° não teria sido informado ou não teria considerado que as denúncias tivessem fundamento, o que o levou a nomear Groër como cardeal.

Mas a primeira denúncia foi seguida de outras e acompanhada por uma grande campanha da imprensa austríaca. O caso então se transformou na maior crise da Igreja Católica na Áustria no pós-guerra, o que levou o cardeal a pedir afastamento do cargo.

Apesar da demissão, as acusações de abusos cometidos por Hans Hermann Groër continuaram e três anos depois, em 1998, João Paulo 2º finalmente enviou um inspetor para investigar o caso no país.

Após as investigações do inspetor do Vaticano, Groër foi obrigado a deixar a Áustria e impedido de se apresentar novamente como bispo ou cardeal.

Em abril de 1998, o ex-arcebispo de Viena pediu perdão “a Deus e aos homens”, mas não admitiu ser culpado pelos abusos.

Groër ficou exilado na Suécia e morreu em 2003, aos 83 anos.

Mudança

Segundo o atual arcebispo de Viena, atualmente a política da Igreja está mudada e sacerdotes que cometem abusos sexuais são imediatamente suspensos e destituídos do sacerdócio.

“Infelizmente, no passado preferiu-se, injustamente, proteger os carrascos e não as vitimas, enquanto que a preocupação com estas deve estar em primeiro lugar”, disse Schönborn em entrevista à televisão austríaca no começo de março, logo após a reunião da Conferência Episcopal da Áustria.

O cardeal Schönborn é amigo do papa Bento 16 e considerado um clérigo aberto ao diálogo.

Ele declarou recentemente que a Igreja Católica deveria promover um debate a respeito do celibato – o que, segundo ele, seria uma das causas dos abusos cometidos por sacerdotes contra crianças. A afirmação foi posteriormente desmentida pelo porta-voz da Arquidiocese de Viena.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A letra mata e a teologia enterra. Será?


A letra mata e a teologia enterra. Será?
Volta e meia eu ouço da boca de algumas pessoas que o crente não deve se preocupar em conhecer ou estudar teologia, mesmo porque, segundo estes a letra mata. Para os que defendem este tipo de pensamento, o estudo sistemático da Bíblia e de suas doutrinas contribuem para a extinção do fogo do Espírito Santo na vida da igreja. Ora, lamentavelmente essa famosa expressão paulina tem sido equivocadamente utilizada pelos combatedores da teologia. Como comumente acontece no aparecimento de desvios teológicos , usa-se um texto fora do contexto, para justificar distorcidas práticas doutrinárias. Infelizmente a expressão em questão, tirada da segunda epístola de Paulo aos Coríntios, tem sido usada por algumas pessoas que argumentam que não devemos seguir o que está escrito na Bíblia e sim as "revelações" do Espírito de Deus. "E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo, como não será de maior glória o ministério do Espírito?" 2 Co 3:6-8 Caro leitor, ao escrever este texto, Paulo estava falando sobre a superioridade da nova aliança sobre a antiga. A morte causada pela letra realmente é espiritual, porém, é bom salientar que se trata de uma alusão ao código escrito da lei mosaica. A lei mata porque demanda obediência irrestrita, mas não proporciona poder para isso. É representada pelas tábuas de pedra (3.3). Por outro lado, o espírito vivifica porque escreve a lei de Deus em nossos corações, trazendo-nos a vida em medida muito maior do que realizava sob a antiga aliança. É representado pelas tábuas da carne (3.3). Portanto, como podemos ver, o texto não fundamenta, em qualquer instância, a rejeição de se estudar teologia. Pois é, um dos problemas mais graves da igreja é a ignorância. Que Deus tenha misericórdia de sua Grei!

sábado, 27 de março de 2010

"Papa Bento XVI acobertou abusos sexuais a 200 crianças surdas"

Papa Bento XVI acobertou abusos sexuais a 200 crianças surdas, Vaticano nega
O Papa Bento XVI teria acobertado os abusos sexuais de um padre americano acusado de ter molestado cerca de 200 crianças surdas que frequentavam uma escola de Wisconsin (norte dos Estados Unidos), segundo documentos obtidos pelo The New York Times.Visite: Gospel, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
Os documentos, mantidos em sigilo durante muitos anos, revelam uma correspondência de 1996 entre o padre Lawrence C. Murphy e o então cardeal Joseph Ratzinger, que presidia a Congregação para a Doutrina da Fé antes de virar Papa, afirma o Times.
Ratzinger também teria sido alertado sobre as acusações contra o padre Murphy pelo arcebispo de Wisconsin, que teria escrito duas cartas sobre a questão.
Murphy trabalhou na escola para crianças surdas e com deficiências auditivas do estado de Wisconsin entre 1950 e 1974.
Este novo caso, revelado pelo New York Times, diz respeito a julgamentos contra o arcebispo de Milwaukee, iniciados por cinco homens cujos advogados entregaram ao jornal documentos referentes ao padre de Wisconsin.
Um julgamento a portas fechadas em um tribunal eclesiástico contra o padre Murphy foi arquivado depois de uma carta redigida por ele a Ratzinger pedindo que impedisse o processo, acrescenta o jornal.
“Simplesmente quero viver o tempo que me resta na dignidade de meu sacerdócio”, escreveu Murphy ao então cardeal Ratzinger. “Peço sua ajuda neste caso”, prossegue o religioso americano.
Nenhuma resposta de Ratzinger figura entre os documentos, e Murphy faleceu dois anos mais tarde, em 1998, quando ainda era padre.
Fonte: G1 / Gospel+Via: O Verbo
O Vaticano desmentiu nesta sexta-feira (26) as informações publicadas pelo jornal “New York Times”, que afirmam que o cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, não fez nada para impedir em 1980 que um padre acusado de pedofilia retomasse o sacerdócio em uma outra paróquia na Alemanha, um dia depois de revelar um caso parecido ocorrido nos Estados Unidos.
“O artigo do “New York Times” não possui informações novas. O arcebispo (de Munique) confirma que o então arcebispo (Joseph Ratzinger) não estava a par da decisão de reintegrar o padre H. nas atividades pastorais da paróquia”, afirma o Vaticano em um comunicado.
“São rejeitadas todas as demais versões como resultado de especulações”, afirma a nota oficial do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombari.
O Vaticano recordou que o vigário geral na época, monsenhor Gerhard Gruber, assumiu a “plena responsabilidade” das decisões equivocadas tomadas nessa época, conclui o comunicado.
Segundo o jornal, no final de 1979 em Essen, Alemanha, o padre Peter Hullermann foi suspenso após várias queixas de pais que o acusavam de pedofilia. Uma avaliação psiquiátrica ressaltou os instintos pedófilos, indica o diário americano.
Algumas semanas depois, em janeiro de 1980, o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, que era na época arcebispo de Munique, dirigiu uma reunião durante a qual a transferência do padre de Essen para Munique foi aprovada. O futuro pontífice recebeu alguns dias depois uma nota na qual foi informado de que o padre Hullermann havia retomado o serviço pastoral.
Em 1986, este padre foi declarado culpado de ter agredido sexualmente meninos em uma outra paróquia de Munique, após a transferência para a cidade bávara.
Nesta semana, novas acusações de pedofilia vieram à tona, envolvendo o início e o fim de seu sacerdócio.
“Este caso é particularmente interessante porque ele revela que na época o cardeal Ratzinger estava em posição de lançar de processos contra o padre, ou pelo menos, de fazer com que não tivesse mais contato com crianças”, destaca o jornal.
“O padre Hullermann passou diretamente da vergonha ligada à suspensão de suas funções em Essen à possibilidade de trabalhar sem qualquer restrição em Munique, mesmo tendo sido descrito como um ‘perigo’ na carta que pedia a transferência”, acrescenta o NYT.
Pelo segundo dia seguido, o “New York Times” revela documentos comprometedores para o Vaticano. Na quinta-feira, o jornal revelou que o futuro Papa Bento XVI havia acobertado abusos sexuais de um padre americano, acusado de ter abusado de 200 crianças surdas de uma escola do Wisconsin (norte dos Estados Unidos).
O Vaticano saiu em defesa do Papa afirmando que ele só teve conhecimento dos fatos quando era tarde, quando o idoso sacerdote já estava muito doente.

terça-feira, 23 de março de 2010

PAPA PEDE PERDÃO!!!

Religião

Papa pede desculpas às vítimas de padres irlandeses pedófilos
BBC Brasil


Essa foi a primeira declaração oficial do Vaticano sobre abusos sexual cometido por padres.

O Papa Bento 16 pediu desculpas às vítimas de abuso sexual de crianças por padres católicos na República da Irlanda.

Essa é a primeira declaração pública do Vaticano sobre o abuso sexual de crianças, que vem sendo cometido há décadas.

Em uma carta aos fiéis irlandeses, ele reconheceu que as vítimas e suas famílias se sentem traídas pela Igreja.

“Vocês sofreram dolorosamente e eu verdadeiramente sinto muito”, disse Bento 16.

A carta pastoral foi enviada na sexta-feira, mas seu conteúdo só foi revelado neste sábado durante missas no país.

O documento segue revelações de casos de pedofilia na Igreja Católica irlandesa, que abalaram a instituição.

‘Erros sérios’

O papa disse que houve “erros sérios” entre bispos na forma como lidaram com as alegações de pedofilia.

A carta não pede a renúncia de nenhum bispo, mas alguns já se ofereceram para deixar seus postos.

Escândalos envolvendo padres católicos também foram relatados em outros países, incluindo a Alemanha, país natal de Bento 16.

O papa disse que aqueles culpados de abusos devem “responder perante a Deus e aos tribunais propriamente constituídos pelas ações pecadoras e criminais que cometeram”.

Bento 16 disse que espera que o documento “ajude no processo de arrependimento, cura e renovação”.

Reação

Grupos que representam vítimas de abusos cometidos por padres na Irlanda tiveram reações variadas em relação à carta do papa Bento 16.

Maeve Lewis, representante do grupo One if Four, disse que apesar de alguns aspectos positivos da mensagem, ela estava em grande parte "desapontada" com a carta.

Para Lewis, a mensagem não falou suficientemente sobre o "acobertamento" dos padres pedófilos pela hierarquia da Igreja Católica.

Patrick Walsh, da associação Irish Survivors of Abuse (Sobreviventes de Abuso Irlandeses) disse que a carta é "encorajadora" e "sem precedentes".

segunda-feira, 22 de março de 2010

A NOBREZA PERDIDA


Há certos assuntos sobre os quais não se fala muito hoje em dia. Vivemos em tempos em que as pessoas não gostam de ser importunadas ou confrontadas com certas questões. Alguns temas que tocam nossa vida diária, não podem mais ser abordados sem que se corra o risco de ofender uma consciência aqui e ali; afinal, alguns argumentam, esses assuntos incômodos encontram-se em um campo de conceitos subjetivos, submetidos ao crivo do particular. Ou seja, o que é para mim poderá não sê-lo para você. Aliás, essa é a principal característica de nossos tempos: relativismo. Tudo é relativo.

Nas últimas décadas, essa mentalidade tem alcançado a igreja. Os valores cristãos, absolutos por definição, estão sendo devorados por essa forma de encarar as coisas. Assim, os púlpitos estão sendo esvaziados e não sobra espaço para se abordar temas considerados controversos e ultrapassados: pecado, inferno, evangelho, regeneração, ira de Deus, santidade, parecem temas que fazem parte de uma história remota e obscura da igreja cristã.

A agenda evangélica tem sido cada vez mais ocupada por assuntos do momento – via de regra, de cunho ecológico, social, ou, como alguns preferem, missional. Os proponentes desta nova agenda evangélica, articulistas, escritores, apóstolos e pastores, ao abandonarem a Escritura para lidar com as questões da vida e do momento, precisam cooptar com ideologias estranhas ao cristianismo, via de regra com viés político esquerdista e com as novas hermenêuticas que as filosofias pós-modernas têm proposto, oferecendo suas fórmulas como panacéia dos males mais profundos de que padece a humanidade – ignorando que a Queda e seus efeitos é que de fato causam a mais abissal miséria do homem.

Mas, uma das características mais marcantes dos proponentes desta nova agenda entre o povo evangélico, é a força de sua propaganda e a virulência de sua beligerância – intolerantes em nome da tolerância, não aceitam o contraditório e rejeitam o debate na arena bíblica. A defesa da fé é reputada como conduta reacionária fundamentalista, ao arrepio das Escrituras e de cartas bíblicas como a de Judas.

O politicamente correto em que vivemos, parece ser incompatível com a velha idéia de buscar a orientação da Escritura para “ver se as coisas são mesmo assim”.

Isso tudo se constitui num grande desafio para o cristão sincero hoje. Precisamos reaprender a pensar biblicamente e a submeter as questões mais complexas da vida ao crisol das Escrituras – no melhor espírito da nobreza bereana.

sábado, 20 de março de 2010

BASTA



Devido os escândalos de abuso sexual, grupo pede saída de papa
O movimento católico progressista alemão Iniciativa Igreja de Baixo (IKvU, na sigla em alemão) pediu a saída do papa Bento XVI em decorrência dos recentes casos de pedofilia surgidos na Alemanha e que envolvem religiosos do país. "Seria um gesto purificador se Joseph Ratzinger dissesse: 'sou um obstáculo a uma purificação da Igreja. Me demito'", declarou o diretor do movimento, Bernd Goehring, segundo informações do jornal Financial Times Deutschland. Entre as críticas citadas pelo religioso estava o caso surgido na sexta-feira, 12, no qual um padre pedófilo foi transferido para Munique na época em que Bento XVI era arcebispo de Munique e Freising, tendo continuado a exercer seu trabalho pastoral na região. O então vigário-geral da arquidiocese, Gerhard Gruber, que atualmente possui 81 anos, assumiu toda a responsabilidade sobre a questão, afirmando que a decisão de transferir o padre acusado de abusos sexuais contra menores partiu unicamente dele. Uma nota divulgada no site do arcebispado dizia que o Papa ordenou somente que o sacerdote fosse acolhido em uma casa paroquial para fazer terapia, e que foi Gruber, "afastando-se desta decisão", quem o designou sem limitações a uma paróquia de Munique. Para Goehring, a admissão do ex-vigário-geral é uma manobra tática. "Do nosso ponto de vista, é uma questão de responsabilidade moral", informou ele. Ontem, o padre envolvido no caso, identificado como Peter H, foi contestado por alguns fieis da paróquia de Bad Tölz, na região da Baviera. Atualmente com 62 anos, o religioso foi transferido em 1980 da diocese de Essen, na Renânia do Norte-Vestefália, onde cometeu violências contra menores. Ele continuou a abusar de crianças após a transferência e foi condenado a 18 meses de prisão em 1986. Peter recebeu o cargo de pároco de Bad Tölz em 2008, mas os fieis souberam de seus antecedentes somente após a denúncia feita pelo jornal Süeddeutsche Zeitung. Como ele não celebrou a missa dominical, alguns fieis se manifestaram querendo saber onde o sacerdote estava; outros protestaram e houve aqueles que deixaram a Igreja durante o confronto. Também recentemente surgiram denúncias de abusos sexuais cometidos durante os anos 1970 e 1980 em escolas jesuítas alemãs, além de suspeitas no coro da catedral de Regensburgo, que foi dirigido pelo irmão do Pontífice, Georg Ratzinger, durante trinta anos. Em referência aos casos de pedofilia, o vice-presidente do parlamento local, Wolfgang Thierse, membro do Comitê Central dos Católicos Alemães, declarou que "a credibilidade da Igreja está vacilando de modo muito grave" e pediu "maior honestidade" a Bento XVI. "A consternação dos crentes é enorme", disse o congressista a uma emissora pública, dizendo-se favorável ao relançamento do debate sobre o celibato. Segundo ele, "a Igreja deve ser mais honesta e severa consigo mesma e isto vale também para o Papa".

quinta-feira, 18 de março de 2010

DEZ MOTIVOS PORQUE DEVO FREQUENTAR A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

1. Por causa do amor a Cristo e sua Palavra. (Jo 14.21)
2. Porque é dever do cristão crescer no conhecimento de Deus através do ensino saudável das Escrituras.
3. Para que não sejamos enredados pelas heresias e desvios doutrinários do nosso tempo. (Mt 22.29)
4. Porque a igreja se desenvolve de forma relacional, comunitária e intelectual através do estudo sistemático da Palavra de Deus.
5. Porque o ensino da Palavra de Deus proporciona a elevação do nível de maturidade da igreja local.
6. Porque a Escola Bíblica Dominical é um excelente meio para evangelização de amigos e familiares.
7. Porque a Escola Bíblica Dominical é um lugar propício para a descoberta, crescimento e capacitação de novos ministérios.
8. Porque a Escola Bíblica Dominical fortalece a família promovendo o entrelaçamento dos relacionamentos familiares.
9. Porque o estudo sistemático da Palavra nos desperta a uma vida de santidade.
10. Porque a Escola Bíblica Dominical é uma profícua fonte de avivamento e despertamento espiritual para a igreja.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Rede Globo - A silenciosa investida

Dias atrás eu conversava com minha esposa sobre a programação da Rede Globo, do padrão de qualidade, da audiência,
do investimento gigantesco em publicidade e das inúmeras repetidoras espalhadas no Brasil e no mundo.

Acontece que a Globo, com todo esse poder de penetração na sociedade e dentro de nossas casas, vem introduzindo,
silenciosamente, uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com a célula familiar de forma sutil.

Com o advento do BBB10 a Globo conseguiu o que ela vinha tentando há muito tempo, o beijo gay ao vivo. Em duas cenas do BBB 10 aconteceram dois beijos Gay e quando um deles foi "líder" a produção do programa teve o cuidado de colocar sobre uma estante a foto do beijo, com isso a Globo faz com que seus fiéis telespectadores vejam o beijo gay como algo comum e engraçado, ou seja, aceitável.


Agora, nas novelas globais o beijo gay vai acontecer, induzindo esse comportamento aos jovens e adolescentes, induzindo legisladores
a criarem leis que abonem tal comportamento.

No mesmo BBB 10 uma das participantes declarou-se lésbica e com essa declaração todas as demais mulheres do programa se aproximaram dela sendo protagonizado o selinho lésbico no programa e todos os demais a apoiaram sob o manto sagrado do não preconceito.

Na novela Viver a Vida o tema principal mostrado de forma engraçada e aceitável é a da traição e do adultério.
A Globo leva ao telespectador ao absurdo de torcer para que um irmão traia o outro ficando com sua namorada.
A traição nessa novela é a mola mestra da máquina, todos os personagens se traem, e isso é mostrado de forma comum,
simples, corriqueiro.

Mas talvez, a investida mais evidente e absurda esta na novela das 6h, Cama de Gato.
A Globo superou todos os limites nessa novela ao colocar como tema uma música do grupo Titãs.
Na música, nenhuma linha de sua letra se consegue tirar algo de poético, de aconselhável pra vida ou de apoio.
A letra da música faz menção discarada do Inimigo de nossas almas que deseja entrar em nossa casa (coração) e destruir tudo,
tirarem tudo do lugar (destruir a célula familiar e nossa fé).

A música chega ao absurdo de dizer que devemos voltar à mesma prisão, a mesma vida de morte que vivíamos.

Amados amigos, fica o alerta, às vezes nem nos damos conta do real propósito de uma novela, de um programa, de uma música, e como Jesus esta às portas, as coisas do mal estão cada vez mais evidentes e claras. Até os incrédulos estão percebendo que algo esta errado.

Aproveito para trazer ao conhecimento a letra dessa música, cuidadosamente escolhida pela Globo para servir de tema da dita novela; música de abertura da novela.


Vamos deixar que entrem Que invadam o seu lar
Pedir que quebrem Que acabem com seu bem-estar
Vamos pedir que quebrem O que eu construi pra mim
Que joguem lixo Que destruam o meu jardim

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Vamos deixar que entrem Que invadam o meu quintal
Que sujem a casa E rasguem as roupas no varal
Vamos pedir que quebrem Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis E queimem tudo o que restar

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero

Vamos deixar que entrem Como uma interrogação
Até os inocentes Aqui já não tem perdão
Vamos pedir que quebrem Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo Aqui já não tem beleza

Vamos deixar que entrem E fiquem com o que você tem
Até o que é de todos Já não é de ninguém
Pedir que quebrem Mendigar pelas esquinas
Até o que é novo Já esta em ruinas


Vamos deixar que entrem Nada é como você pensa
Pedir que sentem Aos que entraram sem licença
Pedir que quebrem Que derrubem o meu muro
Atrás de tantas cercas Quem é que pode estar seguro?

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero


Imaginem tudo isso entrando em sua casa... Isso tudo é uma maldição.

Quando você liga sua televisão, você abre uma janela para entrar em sua casa coisas boas ou ruins - isso é uma questão de escolha.

Imaginem nossas crianças cantando isso? Trazendo isso pra dentro do coração e da alma dela? Imaginem você cantando isso?

Tente imaginar de onde o compositor dessa pérola tirou inspiração para compôr tamanha afronta?

A palavra de Deus é clara quando diz; quem esta de pé, veja que não caia. e ainda; examinai todas as coisas, retende o que é bom.

Ai pergunto, parafraseando a própria Bíblia; pode porventura vir alguma coisa boa da Rede Globo?

Pense nisso, anuncie isso, faça conhecer, livre alguns dessa humilhação, dessa opressão, dessa falta de futuro, dessa cela de prisão..

quinta-feira, 11 de março de 2010

VOCÊ SABE O QUE É AVATAR???


“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. I Timóteo 4:1
Chamou-me a atenção quando observei uma criança brincando com uma figura luminosa parecida com um ser humano, mas que possuía uma espécie de rabo.
Ela disse que era um “avatar”. Fui pesquisar e descobri algumas coisas interessantes que, como cristão, devem nos remeter a uma reflexão, principalmente sobre o contato que crianças têm com essa “doutrina” sendo vítimas fáceis de bem elaboradas e intrincadas teias diabólicas.
Primeiro é importante saber o que significa “avatar”, que segundo o dicionário Michaelis é: “No hinduísmo, encarnação (literalmente descida) de uma divindade sob a forma de um homem ou de um animal, sobretudo de Vixenu, segunda pessoa da trindade indiana”. Olha só com o que as crianças estão tendo contato e se maravilhando…
Depois, como se trata de um termo novaerense, pesquisei o significado que eles dão e achei o seguinte: Segundo Alice Ann Bailey (mentora da Nova Era) a palavra “avatar” significa: “Descer com a aprovação da fonte superior da qual provém, para benefício do lugar ao qual chega” (Dicionário Sânscrito de Monier Willians).
Segundo ela, os “avatares” mais conhecidos são: Buda no oriente e Jesus no ocidente. Ainda segundo ela, os “avatares” expressam dois incentivos básicos:
a) A necessidade de Deus fazer contato com a humanidade e relacionar-se com os homens;
b) A necessidade que tem a humanidade de entrar em contato com a divindade e ser ajudada e compreendia por ela. Amados, é testemunha que não tenho a menor intenção de propagar tal ensino, todavia, se faz necessário trazer esses relatos para que – principalmente os pais – estejam atentos sobre que tipo de “influência” que os filhos estão se expondo.
Para minha surpresa, quando fui pesquisar sobre o filme, descobri que o James Cameron (o diretor) estudou, pesquisou e demorou nada mais e nada menos do que uma década para lançar tal filme (e derivados). Estranho não?
Por que demorar 10 anos para lançar um filme, sendo que bem sabemos tratar-se de um negócio bilionário?
Logo percebemos que não é tanto pelo dinheiro, mas sim o momento certo de disseminar uma “doutrina”. Agora, após o lançamento do filme e paralelo a ele, são lançados games, brinquedos, revistas, etc…
Sem dúvida, as crianças (mesmo as que não assistem ao filme) ficarão encantadas com o filme e suas engenhocas fascinantes, e assim serão atraídas exatamente como aconteceu com as crianças do Flautista de Hammelin.
A armadilha é sempre a mesma, ou seja, criar instrumentos com os quais as crianças poderão acumular conhecimentos e absorver informações (serem doutrinadas). A tática é usar símbolos, pois, bem sabemos que a cognição funciona melhor quando expostos a simbologias.
Portanto, assim como me chamou a atenção aquele garotinho inocentemente brincando com seu avatar (ele provavelmente nem assistiu ao filme e muito menos sabe o que significa), espero que o Senhor esteja chamando a atenção de pais e mães, pois, não me canso de escrever que é bíblico dizer: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Coríntios 15:33).
Por trás de um aparente inocente filme, brinquedo ou game, uma alma está sendo enredada por um inimigo sutil e terrível, cuja forma de ação se resume em roubar, matar e destruir, mesmo que sejam inocentes indefesos. Em o Nome do Senhor Jesus Cristo, está dada a informação!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nigéria é pressionada a pôr fim à impunidade após massacre


JOS, Nigéria (Reuters) -

A ONG defensora dos direitos humanos Human Rights Watch, sediada nos EUA, pressionou a Nigéria nesta terça-feira a levar à Justiça os responsáveis pelo massacre de ao menos 200 cristãos em um vilarejo, para pôr fim a um ciclo de impunidade que permitiu a contínua instabilidade.
Moradores de Dogo Nahawa, a cerca de 15 quilômetros ao sul da cidade central de Jos, enterraram dezenas de corpos, inclusive de mulheres e crianças, em uma cova coletiva na segunda-feira depois dos ataques recentes contra três comunidades evangélicas cometidos por pastores muçulmanos.
"Esse tipo de violência terrível deixou milhares de mortos no estado de Plateau na última década, mas ninguém foi responsabilizado", disse Corinne Dufka, pesquisadora sênior para a África Ocidental do Human Rights Watch. "Está na hora de desenhar uma linha na areia."
O grupo defensor de direitos humanos cobrou do presidente interino nigeriano, Goodluck Jonathan, que garanta uma investigação válida e processos judiciais contra os responsáveis. O porta-voz da polícia Mohammed Lerama disse que 93 pessoas haviam sido detidas.
Jonathan, que havia prometido levar aos tribunais os responsáveis por outros ataques em janeiro na mesma região, mobilizou tropas para conter os confrontos do começo do ano e toques de recolher ainda estavam em atividade quando o ataque de domingo ocorreu.
O Human Rights Watch disse que a mobilização militar havia sido limitada a ruas principais e era incapaz de proteger pequenas comunidades.
Moradores de Dogo Nahawa, Zot e Ratsat, vilarejos de maioria cristã, disseram que muçulmanos de morros próximos haviam atacado na manhã de domingo, atirando para o alto para forçar a saída das pessoas de suas casas, antes de esfaqueá-las com facões.
Alguns morreram ao tentar fugir, outros foram queimados vivos.
Uma testemunha da Reuters contou mais de 100 corpos no domingo apenas em Dogo Nahawa. O diretor de Informação do Estado de Plateau disse que 500 pessoas morreram, mas o número oficial da polícia é de 55, com corpos ainda sendo contados.
O número de mortos tem sido frequentemente alterado por motivos políticos em conflitos anteriores na região central da Nigéria, com diversas facções acusadas de exagerarem os números por motivos políticos ou diminuir os números para tentar amenizar os riscos de represálias.

sábado, 6 de março de 2010

Funcionários do Vaticano foram afastados por causa do escândalo


Funcionários do Vaticano foram afastados por causa do escândalo


Um assessor do papa Bento 16 foi afastado nesta semana por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição gay que sacudiu o Vaticano.
Ângelo Balducci, um dos Cavalheiros de Sua Santidade, uma espécie de assistente de elite para o papa quando recebe visitas importantes, foi flagrado em gravações feitas pela polícia dando instruções a um interlocutor sobre detalhes físicos de homens que gostaria que fossem levados a ele.
Segundo a imprensa italiana, o interlocutor era Thomas Ehiem, 29 anos, integrante do famoso coral do Vaticano, que também foi afastado.
A polícia italiana havia grampeado o telefone de Balducci durante uma investigação de corrupção separada e não relacionada ao Vaticano.
Em uma das transcrições vazadas para a mídia, Ehiem descreve um homem como tendo “dois metros, 97 quilos, 33 anos e diz que é ‘completamente ativo’”.
Em outra, Balducci pergunta a Ehiem se ele já “falou com o seminarista”, ao que ele responde “ele provavelmente está na missa, ou algo assim”.
Um representante do Vaticano disse que o Bento 16 está ciente do escândalo.
A transcrição das gravações sugere que Ehiem procurou pelo menos dez homens para Balducci, entre eles, modelos e um jogador de rúgbi.
Thomas Ehiem seria integrante do coro que se apresentou para o papa Bento 16 em uma apresentação de Natal.
Entre as atribuições de Balducci estavam a de ciceronear chefes de Estado e carregar o caixão em funerais papais.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO???


Liberdade de expressão A liberdade de expressão, enquanto valor fundamental da cidadania e coluna de sustentação da democracia, está frontalmente golpeada na formulação do 3° Plano Nacional de Direitos Humanos, do Governo Federal. Esse golpe atinge também a vida, vale lembrar, para merecer atenção especial e reação da sociedade, quanto à descriminalização e legalização do aborto. Não se pode cansar de dizer, para iluminar a consciência moral na sociedade, que o aborto é um abominável delito e se constitui numa desordem moral, particularmente grave. É uma gravidade que remete ao confronto com exigências éticas fundamentais, aquelas que, em última instância, têm a força de iluminar, regular e substituir as opções legislativas e políticas que são, incontestavelmente, contrárias a princípios e valores inegociáveis.É preciso avaliar e acompanhar as propostas legislativas e cada programa político, esperando sempre dos políticos um posicionamento claro - especialmente daqueles que regem suas vidas pela consciência cristã - para diminuir e evitar os efeitos negativos e danosos no plano da cultura e da moralidade pública. É lamentável que entendimentos errôneos da laicidade estejam comprometendo o respeito a verdades resultantes do conhecimento e do direito natural. Esse equívoco tem sido justificado em razão da compreensão também inadequada quanto à busca sincera dessas verdades, dever de todos, enquanto contemporaneamente são ensinadas por uma religião específica. É um tremendo e nefasto engano abrir mão de verdades morais concernentes à sociedade, como o direito à vida, à liberdade, a justiça e outros direitos humanos, por esta confluência existente entre pregação religiosa e dever governamental e político de defesa e promoção integral da pessoa e do bem comum.Ora, quem rege sua consciência pelos valores cristãos tem o dever de avaliar apuradamente a escolha de instrumentos políticos, como a adesão a um partido e outras expressões de participação política, no compromisso de escolher o caminho que mais possa assegurar coerência na vivência de sua fé. Neste sentido, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja n. 573, citando o Papa Paulo VI na sua Carta Apostólica Octogésima adveniens n. 46, afirma que “as instâncias da fé cristã dificilmente podem ser encontradas numa única posição política: pretender que um partido ou uma corrente política correspondam completamente às exigências da fé e da vida cristã gera equívocos perigosos. O cristão não pode encontrar um partido que corresponda plenamente às exigências éticas que nascem da fé e da pertença à Igreja: a sua adesão a uma corrente política não será jamais ideológica, mas sempre crítica, a fim de que o partido e o seu projeto político sejam estimulados a realizar formas sempre mais atentas a obter o verdadeiro bem comum, inclusive os fins espirituais do homem”.A escolha do partido, da corrente política e das pessoas a quem confiar a vida pública não se faz apenas individualmente e deixando de lado princípios éticos e morais e os valores da fé. Essa indispensável iluminação é garantia também de um exercício arejado das responsabilidades e competências governamentais. Assim também serão evitadas as posturas, ideologicamente justificadas, que levam a exageros e polarizações comprometedoras e propensas a totalitarismos de toda ordem. Nesse caminho se localiza o risco de uma regulagem da liberdade de expressão, cerceando a mídia no seu papel educativo e crítico insubstituível no contexto da sociedade. O exercício profissional na mídia e as outras atividades cidadãs são igualmente desafiados a pautar-se nos valores fundamentais da vida social.A imprensa deve ser sempre crítica, nunca caluniadora, e os cidadãos todos, sem exceção, especialmente os que exercem autoridade política por delegação popular, devem construir seus exercícios e desempenhar seus papéis com a lisura de quem respeita e promove o bem comum. Não devem existir razões para temores e precauções com controles e cerceamentos indevidos. Os meios de comunicação balizados nesses princípios que determinam o bem moral e a estruturação ordenada e a condução da vida social, precisam ter ampla liberdade, sem mordaças ideológicas, sem submissão a mecanismos políticos interesseiros, sem a camisa de força das barganhas financeiras que possam comprometer seu serviço educativo e crítico. A verdade, a justiça, o amor e a liberdade de expressão favorecem o autêntico desenvolvimento.Há um legítimo respeito à liberdade de expressão, capítulo fundamental da cidadania, que estrutura a autonomia da mídia no seu serviço indispensável, remetendo a responsabilidades graves quanto ao que se diz ou não. Os servidores da área e os cidadãos todos, na sua competência de construir uma sociedade justa e solidária, são instados à conduta de portadores de uma lisura moral inquestionável. Esta é a verdadeira força que fecunda a esperança, a que vence o medo: o medo da liberdade de expressão.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

quinta-feira, 4 de março de 2010

CUIDADO! A CABANA ESTÁ DESABANDO!!!



A Cabana - A Perda da Arte de Discernimento Evangélico - Albert Mohler Jr.
Dr. Albert Mohler é o presidente do Southern Baptist Theological Seminary, pertencente à Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos; é pastor, professor, teólogo, autor e conferencista internacional, reconhecido pela revista Times como um dos principais líderes entre o povo evangélico norte-americano. É casado com Mary e tem dois filhos, Katie e Christopher.


O mundo editorial vê poucos livros atingirem o status de "sucesso". No entanto, o livro A Cabana, escrito por William Paul Yong, superou esse status. O livro, publicado originalmente pelo próprio autor e dois amigos, já vendeu mais de dez milhões de cópias e já foi traduzido para mais de trinta idiomas. É, agora, um dos livros mais vendidos de todos os tempos, e seus leitores estão entusiasmados.
De acordo com Young, o livro foi escrito originalmente para seus próprios filhos. Em essência, ele pode ser descrito como uma teodicéia em forma de narrativa – uma tentativa de responder à questão do mal e do caráter de Deus por meio de uma história. Nessa história, o personagem principal está entristecido por causa do rapto e do assassinato brutal de sua filha de sete anos, quando recebe aquilo que se torna uma intimação de Deus para encontrá-lo na mesma cabana em que a menina foi morta.
Na cabana, "Mack" se encontra com a Trindade divina, onde Deus, o Pai, é representado como "Papai", uma mulher afro-americana, e Jesus, por um carpinteiro judeu, e "Sarayu", uma mulher asiática, é identificada como o Espírito Santo. O livro é, principalmente, uma série de diálogos entre Mack, Papai, Jesus e Sarayu. As conversas revelam que Deus é bem diferente do Deus da Bíblia. "Papai" é absolutamente alguém que não faz julgamentos e parece determinado a afirmar que toda a humanidade já está redimida.
A teologia de A Cabana não é incidental à história. De fato, em muitos pontos a narrativa serve, principalmente, como uma estrutura para os diálogos. E estes revelam uma teologia que, no melhor, é não-convencional e, sem dúvida, herética em certos aspectos.
Embora o artifício literário de uma "trindade" não-convencional de pessoas divinas seja, em si mesmo, antibíblico e perigoso, as explicações teológicas são piores. "Papai" conta a Mack sobre o tempo em que as três pessoas da Trindade manifestaram-se da seguinte forma: "nós falamos com a humanidade através da existência humana como Filho de Deus". Em nenhuma passagem da Bíblia, o Pai ou o Espírito Santos é descrito como assumindo a forma humana. A cristologia do livro é confusa. "Papai" diz a Mack que, embora Jesus seja plenamente Deus, "ele nunca usou a sua natureza como Deus para fazer qualquer coisa". Eles apenas viveu do seu relacionamento comigo, da mesma maneira como eu desejo me relacionar com qualquer ser humano". Quando Jesus curou o cego, "Ele fez isso como um ser humano dependente que confiava em minha vida e poder para agir nele e por meio dele. Jesus, como ser humano, não tinha qualquer poder em si mesmo para curar alguém".
Embora haja muita confusão teológica a ser esclarecida no livro, basta dizer que a igreja cristã tem lutado por séculos para chegar a um entendimento fiel da Trindade, a fim de evitar esse tipo de confusão – reconhecendo que a fé cristã está, ela mesma, em perigo.
Jesus diz a Mack que ele é "o melhor caminho para qualquer ser humano se relacionar com Papai ou com Sarayu". Não é o único caminho, mas o melhor caminho.
Em outro capítulo, "Papai" corrige a teologia de Mack afirmando: "Eu não preciso punir as pessoas pelos seus pecados. O pecado é a sua própria punição, que devora você a partir do interior. Não tenho o propósito de punir o pecado; tenho alegria em curá-lo". Sem dúvida, a alegria de Deus está na expiação realizada pelo Filho. No entanto, a Bíblia revela consistentemente que Deus é o Juiz santo e reto, que punirá pecadores. A idéia de que o pecado é a "sua própria punição" se encaixa no conceito do karma, e não no evangelho cristão.
O relacionamento do Pai com o Filho, revelado em textos como João 17, é rejeitado em favor de uma absoluta igualdade de autoridade entre as pessoas da Trindade. "Papai" explica que "não temos qualquer conceito de autoridade final entre nós, somente unidade". Em um dos mais bizarros parágrafos do livro, Jesus diz a Mack: "Papai é tão submisso a mim como o sou a ele, ou Sarayu a mim, ou Papai a ela. Submissão não diz respeito à autoridade e à obediência; é um relacionamento de amor e respeito. De fato, somos submissos a você da mesma maneira".
Essa hipotética submissão da Trindade a um ser humano – ou a todos os seres humanos – é uma inovação teológica do tipo mais extremo e perigoso. A essência da idolatria é a auto-adoração, e essa noção da Trindade submissa (em algum sentido) à humanidade é indiscutivelmente idólatra.
O aspecto mais controverso da mensagem de A Cabana gira em torno das questões do universalismo, da redenção universal e da reconciliação final. Jesus diz a Mack: "Aqueles que me amam procedem de todo sistema que existe. São budistas, mórmons, batistas, islamitas, democratas, republicanos e muitos que não votam ou não fazem parte de qualquer igreja ou de instituições religiosas". Jesus acrescenta: "Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero unir-me a eles em sua transformação em filhos e filhas de meu Papai, em meus irmãos e irmãs, meus amados".
Em seguida, Mack faz a pergunta óbvia: Todos os caminhos levam a Cristo? Jesus responde: "Muitos dos caminhos não levam a lugar algum. O que isso significa é que eu irei a qualquer caminho para encontrar vocês".
Devido ao contexto, é impossível extrair conclusões essencialmente universalistas ou inclusivistas quanto ao significado de Yong. "Papai" repreende Mack dizendo que está agora reconciliado com todo o mundo. Mack replica: "Todo o mundo? Você quer dizer aqueles que crêem em você, não é?" "Papai responde: "Todo o mundo, Mack".
No todo, isso significa algo bem próximo da doutrina da reconciliação proposta por Karl Barth. E, embora Wayne Jacobson, o colaborador de Young, tenha lamentado haver pessoas que acusam o livro de ensinar a reconciliação final, ele reconhece que as primeiras edições do manuscrito foram influenciadas indevidamente pela "parcialidade, na época," de Young para com a reconciliação final – a crença de que a cruz e a ressurreição de Cristo realizaram a reconciliação unilateral de todos os pecadores (e de toda a criação) com Deus.
James B. DeYoung, do Western Theological Seminary, um erudito em Novo Testamento que conheceu Young por vários anos, documenta a aceitação de Young quanto a uma forma de "universalismo cristão". A Cabana, ele conclui, "descansa sobre o fundamento da reconciliação universal".
Apesar de que Wayne Jacobson e outros se queixam daqueles que identificam heresia em A Cabana, o fato é que a igreja cristã tem identificado, explicitamente, esses ensinos como heresia. A pergunta óbvia é esta: por que tantos cristãos evangélicos parecem ser atraídos não somente à história, mas também à teologia apresentada na narrativa – uma teologia que, em vários pontos, está em conflito com as convicções evangélicas?
Os observadores evangélicos não estão sozinhos em fazer essa pergunta. Escrevendo em The Chronicle of High Education (A Crônica da Educação Superior), o professor Timothy Beal, da Case Western University, argumentou que a popularidade de A Cabana sugere que os evangélicos devem estar mudando a sua teologia. Ele cita os "modelos metafóricos não-bíblicos de Deus" no livro, bem como seu modelo "não-hierárquico" da Tridade e, mais notavelmente, "sua teologia de salvação universal".
Beal afirma que nada dessa teologia faz parte das "principais correntes teológicas evangélicas" e explica: "De fato, essas três coisas estão arraigadas no discurso teológico acadêmico radical e liberal dos anos 1970 e 1980 – que influenciou profundamente os feministas contemporâneos e a teologia da libertação, mas que, até agora, teve muito pouco impacto nas imaginações teológicas de não-acadêmicos, especialmente dentro das principais correntes religiosas".
Em seguida, ele pergunta: "O que essas idéias teológicas progressistas estão fazendo no fenômeno da ficção evangélica?" Ele responde: "Desconhecidas para muitos de nós, elas têm estado presente em muitos segmentos liberais do pensamento evangélico durante décadas". Agora, ele diz, A Cabana introduziu e popularizou esses conceitos liberais até entre as principais denominações evangélicas.
Timothy Beal não pode ser rejeitado como um conservador e "caçador de heresias". Ele está admirado com o fato de que essas "idéias teológicas progressistas" estão "se introduzindo aos poucos na cultura popular por meio de A Cabana".
De modo semelhante, escrevendo em Books & Culture (Livros e Cultura), Katharine Jeffrey conclui que A Cabana "oferece uma teodicéia pós-moderna e pós-bíblica". Embora sua principal preocupação seja o lugar do livro "num panorama literário cristão", ela não pôde evitar o lidar com a sua mensagem teológica.
Ao avaliar o livro, deve-se ter em mente que A Cabana é uma obra de ficção. Contudo, é também um argumento teológico, e isso não pode ser negado. Diversos romances notáveis e obras de literatura contêm teologia aberrante e heresia. A pergunta crucial é se as doutrinas aberrantes são características da história ou são a mensagem da obra. Em A Cabana, o fato inquietante é que muitos leitores são atraídos à mensagem teológica do livro e não percebem como ela conflita com a Bíblia em muitos assuntos cruciais.
Tudo isso revela um fracasso desastroso do discernimento evangélico. Dificilmente não concluímos que o discernimento teológico é agora uma arte perdida entre os evangélicos – e esse erro pode levar tão-somente à catástrofe teológica.
A resposta não é banir A Cabana ou arrancá-lo das mãos dos leitores. Não precisamos temer livros – temos de estar prontos para responder-lhes. Necessitamos desesperadamente de uma redescoberta teológica que só pode vir de praticarmos o discernimento bíblico. Isso exigirá que identifiquemos os perigos doutrinários de A Cabana. Mas a nossa principal tarefa consiste em familiarizar novamente os evangélicos com os ensinos da Bíblia sobre esses assuntos e fomentar um rearmamento doutrinário de cristãos evangélicos.
A Cabana é um alerta para o cristianismo evangélico. Uma avaliação como a que Timothy Beal ofereceu é reveladora. A popularidade desse livro entre os evangélicos só pode ser explicada pela falta de conhecimento teológico básico entre nós – um fracasso em entender o evangelho de Cristo. A tragédia de que os evangélicos perderam a arte de discernimento bíblico se origina na desastrosa perda do conhecimento da Bíblia. O discernimento não pode sobreviver sem doutrina.
Caso queira comentar algum aspecto do artigo ou do próprio livro em questão, use o espaço de comentários do nosso blog, CLIQUE AQUI.
Traduzido por: Wellington Ferreira

terça-feira, 2 de março de 2010

PRECISAMOS DE UMA CÓLO


"Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas
estarás seguro"
(Salmos 91:4).

Um adolescente engenhoso, cansado de ler para sua pequena
irmã dormir, decidiu gravar várias de suas histórias
favoritas em fita. Então ele lhe disse: "Agora você pode
ouvir suas histórias preferidas a qualquer hora que desejar.
Isso não é maravilhoso?" Ela olhou para o gravador por
alguns instantes e respondeu: "Não, não tem um colo". Todos
nós precisamos de um colo. Todos nós precisamos de um
aconchego. Todos nós desejamos saber que somos amados.

Como temos nos sentido neste mundo em que vivemos? Muitas
vezes a nossa resposta é: sós -- mesmo rodeados de pessoas.
Precisamos de carinho, de um ombro para chorar nos momentos
de aflição, de um rosto sorridente ao nosso lado, quando
queremos compartilhar as grandes conquistas, de uma mão para
segurar quando o caminho a seguir parece íngreme e perigoso.

Todos nós necessitamos de uma pessoa em quem possamos
confiar. Alguém que jamais nos deixará abandonados. Um amigo
que estará ao nosso lado em qualquer situação. Que sempre
terá uma palavra de consolo e estímulo. Um amigo verdadeiro
que, nas horas mais difíceis, nos tomará no colo e nos dirá:
"Eu sempre estarei aqui... nunca lhe virarei as costas".

A menina de nossa ilustração buscava, todas as noites, não
apenas uma história que a fizesse dormir, mas um colo onde
se sentiria abrigada, um carinho para deixá-la tranquila, um
beijo de boa noite. A história era apenas uma desculpa de
seu verdadeiro motivo.

E não acontece o mesmo conosco? Queremos uma mão para
segurar, um ombro para recostar a cabeça, um colo para nos
aconchegar... queremos, na realidade, estar junto a Jesus,
nosso Amigo, nosso companheiro de todas as horas, nosso
Salvador, a fonte de nossas bênçãos.

Quando nos acolhemos nos braços de nosso Senhor, a noite é
serena, o sono é agradável, o descanso é real. Acordamos
envoltos em paz, com as forças renovadas, com a fé
fortalecida.

É muito bom saber tudo a respeito de Cristo, mas, o melhor é
poder repousar em Seu colo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Veja a vida por outro ângulo!

"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor"
(2 Coríntios 3:18).

Um pintor de paisagens não permanece sempre junto à sua
tela. Ele não deve limitar sua atenção para os detalhes
isolados do que está pintando. De tempos em tempos ele se
afasta um pouco e anda ao redor para visualizar seu trabalho
de longe. Ele precisa ver o que as milhares de pinceladas
produziram no trabalho global. Da mesma maneira, nossa
qualidade de vida melhoraria muito se pudéssemos
contemplá-la de longe para vê-la por inteiro. Nós podemos
nos tornar tão ocupados com nossas pinceladas diárias que
acabamos não tendo nenhuma percepção real de toda a cena que
pintamos na tela dos anos. Nossa atenção pode estar tão
absorvida pelos requisitos da vida diária que temos pouca
consciência das dimensões e direção da vida propriamente
dita. Precisamos nos afastar um pouco da tela e tentar ver a
cena por inteiro. Devemos olhar além dos episódios diários
de nossas ações variadas para ver a glória de tudo. Devemos
olhar além das pinceladas para ver a arte que as pinceladas
fizeram e continuam fazendo.

Como estamos avaliando a nossa vida aqui neste mundo? Como
Deus está avaliando o nosso testemunho? Estamos olhando
apenas o que fazemos, de perto, crendo que somos as mais
perfeitas criaturas e que, se alguma coisa está errada, é
culpa dos outros, ou temos procurado analisar o nosso
comportamento diante de nossa família, de nossa igreja, das
pessoas que estão próximas e das que poderão ser
influenciadas pelas nossas atitudes?

Quando pincelamos o quadro de nossos dias, temos em mente o
que os outros verão ou não nos importamos com isso? Queremos
agradar apenas aos nossos próprios olhos ou desejamos que a
tela de nossa vida sirva de exemplo para muitos e de bênçãos
para todos?

Se você tem olhado o quadro de sua vida apenas pelo ângulo
de seus interesses, comece a olhá-lo como se fosse outra
pessoa e veja se as pinceladas são de seu agrado.

Abimael F. Ferreira

Abimael F. Ferreira