domingo, 18 de dezembro de 2011

E eu que pensava estar com problemas mentais!
Os colegas estão colocando seus neurônios na fogueira.
Com Deus não se brinca.
Triste coisa é cair nas mãos de um Deus vivo.



O prêmio mais cobiçado da física de partículas - o bóson de Higgs - 
está mais perto de ter sua existência confirmada, 
segundo o anúncio de pesquisadores que encontraram novos indícios da chamada 'partícula de
Deus' no Grande Colisor de Hádrons (GCH) em Genebra.
A partícula é considerada o pedaço que falta na principal teoria da
física de partículas - conhecida como Modelo Padrão - que descreve
como partículas e forças interagem. Ela seria responsável por dar
massa a todas as outras partículas.
Durante um seminário do Cern, organização que opera o GCH, nesta
terça-feira, cientistas anunciaram que dois experimentos no colisor
conseguiram encontrar sinais que podem ser do bóson de Higgs, causando
furor na comunidade científica.
No entanto, os pesquisadores ainda não tem dados suficientes para
reivindicar verdadeiramente a descoberta.
Encontrar o bóson de Higgs seria um dos maiores avanços científicos
dos últimos 60 anos. De acordo com os cientistas, ela é crucial para a
compreensão do universo, mas nunca foi observada em experimentos.
Qualidade 'excepcional'
Dois experimentos separados no Grande Colisor de Hádrons - Atlas e CMS
- procuram separadamente pela partícula.
A teoria do Modelo Padrão não prevê uma massa exata para o bóson de
Higgs. Por isso, os físicos precisam utilizar aceleradores de
partículas como o GCH para procurar o bóson dentro de um intervalo de
massas.
O Atlas e o CMS procuram sinais da partícula entre bilhões de colisões
que ocorrem em cada experimento do GCH. Evidências da existência dela
apareceriam como pequenos 'picos' nos gráficos dos físicos.
Nesta terça-feira, os diretores dos dois projetos disseram ter
encontrado estas evidências no intervalo de massa entre 124 e 125 giga
elétron-volts (GeV) - cerca de 130 vezes mais pesado do que os prótons
encontrados no núcleo dos átomos.
'O excesso (referindo-se ao 'pulo' nos dados) pode ser o resultado de
uma flutuação, mas também pode ser algo mais interessante.
Não podemos excluir nada neste estágio', disse Fabiola Gianotti, porta-voz do
Atlas. Guido Tonelli, porta-voz do CMS, disse que 'o excesso é muito
compatível com um (bóson de) Higgs do Modelo Padrão nos arredores de
124 giga elétron-volts e abaixo disso, mas a significância estatística
dele ainda não é suficiente para dizer nada conclusivo'.
'O que vemos é consistente tanto como uma flutuação como com a
presença do bóson.'
A confirmação estatística da medida obtida pelos experimentos ainda é
muito baixa para classificá-la formalmente como uma descoberta.
Segundo os cientistas, quando o universo esfriou após o Big Bang, uma
força invisível conhecida como o campo de Higgs teria se formado
juntamente com o bóson de Higgs.
É este campo que dá massa às partículas fundamentais que formam os
átomos. Sem ele, estas partículas passariam pelo cosmos na velocidade
da luz e não conseguiriam se aglutinar.
O modo como o campo de Higgs trabalha foi associado ao modo como
fotógrafos e repórteres se reúnem ao redor de uma celebridade. O grupo
de pessoas é 'atraído' fortemente pela celebridade e cria resistência
ao seu movimento em um salão, por exemplo.
Dessa maneira, o grupo dá 'massa' àquela celebridade, tornando sua
movimentação mais lenta.
'A questão do (bóson de) Higgs é que sempre dizemos que precisamos
dele para explicar a massa, mas sua importância real é que precisamos
dele para entender o universo', disse à BBC Tara Shears, física
especializada em partículas, da Universidade de Liverpool.
'Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando
para entender o universo está correta.'
Estas preocupações motivam o esforço do Cern para destacar o bóson de
Higgs e outros fenômenos usando o GCH.
O Grande Colisor de Hádrons fica em um túnel circular de 27
quilômetros de comprimento na fronteira entre a França e a Suíça,
repleto de ímãs que 'conduzem' partículas de prótons pelo imenso anel.
Em certos pontos do trajeto, o colisor faz com que os feixes de
prótons se choquem uns com os outros a uma velocidade próxima à
velocidade da luz, para que seja possível detectar outras novas
partículas nos resultados da colisão.

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Abimael F. Ferreira

Abimael F. Ferreira