domingo, 11 de julho de 2010

Evangelho em crescimento...mais...Qual?


Quase um terço (27,38%) da população capixaba frequenta igrejas evangélicas. O Estado é o segundo do Brasil em número de evangélicos, perdendo apenas para Rondônia, onde eles representam 29% da população. Os católicos capixabas aparecem na 25º posição na lista dos estados mais católicos do País. O primeiro lugar é do Piauí, com 90,53% de sua população declarada católica.

No Espírito Santo, os evangélicos tradicionais somam 11,18% da população; os pentecostais, 16,20%; os sem religião são 7,80%; católicos são 62,77%. Separando-se por religião professada, os evangélicos são mais expressivos nos municípios de Santa Maria de Jetibá (77,86%), Laranja da Terra (70,51%), Vila Pavão (47,62%), Domingos Martins (41,56%) e Marataízes (39,08%).

Os Estados brasileiros que possuem o maior número de evangélicos são Rondônia com 27,19% da população; Espírito Santo, com 24,96%; Roraima, 22,49%; Rio de Janeiro, 21,98% e Amazonas, com 21,07%. Entre os cinco com a menor porcentagem de evangélicos estão Piauí, com 6,01%; Sergipe, 7,27%; Ceará, 8,25%; Paraíba, 8,80%; e Rio Grande do Norte, com 8,92%.

O grande problema é que com esse crescimento,tem se levantado igrejas para todos os gostos.Hoje em dia só não frequenta um igreja quem não quer.

Há celebrações para todos os gostos e estilos: atletas, roqueiros, lutadores, surfistas.Tem até igreja que já faz casamento homossexual.

Que efeito esse crescimento tem causado em nossa sociedade?
Será que uma nação com um crescimento tão grande do evangelho,seria necessariamente uma nação melhor?
A igreja tem afetado positivamente os índices sociais? O Brasil com 30 milhões de evangélicos é um país melhor que o Brasil dos 10 milhões de evangélicos?

O Brasil continua a ser um dos países de maior injustiça e desigualdade social.

Enquanto a igreja evangélica brasileira caminha a passos largos em termos numéricos o mesmo não se dá no conhecimento teológico. Somos uma igreja com quilômetros de extensão, mas centímetros de profundidade.

Crescimento dos evangélicos pode mudar o Brasil?
Sim pode,mais tem que haver mudança no evangelho.

O crescimento do evangelho só provocará mudanças positivas dentro da sociedade se realmente for adotado uma postura de vida essencialmente alicerçada nos princípios imutáveis da Bíblia.

Não basta crescermos em termos numéricos mais também qualitativo.
Temos que resistir aos apelos do relativismo moral e do pluralismo ideológico da pós-modernidade,manter nossa identidade. Não podemos utilizar nossa fé somente nos finais de semana,mais também em todos os aspectos da sociedade.

Crescimento não é um fenômeno simples. Todo e qualquer organismo precisa crescer, mas nem todo crescimento é saudável. Na verdade, o organismo pode enfrentar toda sorte de perigo que causa deformação no seu crescimento e que pode levá-lo fatalmente à morte.

O crescimento é multidimensional e detém quatro dimensões: numérico, orgânico, conceitual e diaconal:

*O numérico, o mais básico, refere-se à reprodução e incorporação de novos membros à comunidade. Este capítulo enfocou mais enfaticamente esta dimensão.

*O orgânico é interno à igreja e tem a ver com o desenvolvimento de sua liderança, forma de governo, administração, recursos e talentos.

*O conceitual refere-se ao desenvolvimento da compreensão da fé cristã, existência e razão de ser, conhecimento das Escrituras, vocação na sociedade, compreensão da história e interação com o contexto ao redor.

*O diaconal tem a ver com a intensidade do serviço prestado ao mundo, participação na vida, conflitos e temores da cidade, desenvolvimento na qualidade do serviço que ajuda a aliviar as dores humanas e ajuda a transformar as condições sociais ao redor.

Para o bom desenvolvimento da igreja evangélica brasileira, todas essas dimensões devem caminhar simultaneamente, desenvolvendo-se ao mesmo tempo. Assim, poderemos sonhar com uma igreja saudável, integral e multiplicadora. Igreja que vive como sinal e instrumento do Reino de Deus no Brasil.

O Evangelho do Reino é Cristocêntrico. Em contraposição temos visto um evangelho cujo centro é o homem, um evangelho para o homem, um evangelho humano, antropocêntrico. Torna-se assim, um tipo de ‘propaganda’, de oferta tentadora, na qual se faz ‘abatimento’ e se abrem ‘facilitações’ para o ‘freguês’.

O Evangelho não é lugar para artistas, cantores ,etc.O Evangelho é lugar de pessoas que se negam a si mesmo como Paulo o apóstolo, Elias, Eliseu, José, e muitos outros que primeiro amavam ao Senhor,negavam a si mesmo,perdoavam, não olhavam para si.

O evangelho que nos traz a salvação é pleno,puro,sem mistura e diz que só Jesus Salva, Cura,Liberta,Prospera e Batiza no Espírito Santo, este é o evangelho que conhecemos e este é o evangelho que devemos pregar.

Este é o Evangelho Pleno!!!

A verdadeira graça de Deus levará a pessoa a uma busca pelos caminhos da retidão, santidade e justiça. Vamos repensar o evangelho que temos pregado – será que é o “outro” evangelho, citado em Gálatas 1.6-9?

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Abimael F. Ferreira

Abimael F. Ferreira